Um homem morreu afogado em Torres, no Litoral Norte, quando fazia homenagem a Iemanjá na noite deste sábado (1). De acordo com o Corpo de Bombeiros de Torres, o corpo de Mário Sérgio Säge, de 61 anos, foi encontrado na beira da praia perto da meia-noite.
Ele havia desaparecido na água após ter entrado no mar, por volta das 19h30, na Praia de Fora (próximo à Praia da Guarita), depois do horário de fiscalização dos guarda-vidas (que atuam entre 8h e 19h). Porém, o corpo só foi encontrado pouco antes da meia-noite, quando chegou à beira da praia, horas mais tarde.
Outras pessoas que estavam na praia e chamaram os bombeiros relataram que ele havia ido levar oferendas para Iemanjá – que era homenageada no dia. Conforme o Corpo de Bombeiros, o mar estava tranquilo durante a noite. “Aqui, todos os anos, nosso grupamento de guarda-vidas auxilia na realização das homenagens, por oferecer um certo risco para quem não conhece. Na tentativa de [se] lançar mar a dentro, pode ser arriscado”, explicou o sargento Edemir Cardoso
Autópsia apontou mal súbito
Conforme a Gaúcha ZH, a autópsia realizada no corpo de Mário Sérgio Säge, 61, morador de Caxias do Sul morto no sábado na praia da Guarita, em Torres, aponta que a morte foi provocada por mal súbito. Não foi encontrada água no pulmão da vítima, o que descarta a hipótese de afogamento. De acordo com a Esposa de Säge, Arlete Pangratz, 61, o homem tomava medicamentos contra pressão alta e sofria de apneia do sono.
Mário Sérgio, que era natural de Joinville-SC, deixa três filhas: Morgana, 34, Jordana, 30, e Bruna, 25. Ele atuava como representante comercial na área de produtos químicos, em Caxias. Na noite de sábado (1°), assim como fazia nos últimos oito anos, desde que entrou para a Umbanda, foi até o mar entregar flores para Iemanjá, orixá celebrado no dia 2 de fevereiro. Entretanto, não conseguiu sair da água.
“Ele era apaixonado pela religião e ia ao mar todos os anos prestar a sua homenagem. Além de frequentar os encontros, ele também atuava como um professor para os iniciantes, era algo que dava muito orgulho a ele”, disse a esposa de Mário para o Gaúcha ZH. Arlete acrescenta que o marido era um homem conhecido pela alegria e pelo bom humor.