Todos os anos, centenas de baleias-franca saem da Antártida e vêm ao litoral do sul do Brasil para se reproduzir e ter filhotes. Entre os últimos dias 16 e 17 de setembro, pesquisadores do ProFranca (Projeto Franca Austral), sediado em Imbituba, no Litoral Sul, registraram 216 indivíduos da espécie entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Desde 2009, a ProFranca é responsável por monitorar a migração de baleias-franca no sul do país. Nesta última ação, eles sobrevoaram mais de 350 km, entre Cidreira, no estado gaúcho, e Florianópolis, para contabilizar e registrar a quantidade de mamíferos na região.
A ação é feita pelo Programa de Monitoramento das Baleias-francas da SCPAR Porto de Imbituba e do ProFranca, realizado pelo Instituto Australis, com patrocínio da Petrobras.
Temporada das baleias-franca no sul do país segue por mais dois meses
A temporada de reprodução das baleias-franca no litoral sul do Brasil começou em julho e segue até novembro. O mês de setembro é marcado por ser o auge do período de visitas desses cetáceos à costa brasileira.
A baleia-franca austral é uma espécie ainda ameaçada de extinção no Brasil, e conta com uma população estimada em cerca de 500 indivíduos e uma taxa de crescimento de 4% ao ano (os números são resultantes de uma tese de doutorado recente) .
Litoral Sul catarinense tem a maior concentração de baleias
Em Santa Catarina, a maior concentração de baleias avistadas foi em Imbituba, onde foram registrados 82 indivíduos – 38% do total. O trecho entre as praias da Ribanceira e Ibiraquera tiveram 46 baleias, enquanto as outras 36 foram vistas entre o extremo norte da praia de Itapirubá e a praia da Vila. Em Florianópolis, a maior avistagem foi na Praia do Moçambique, com 26 mamíferos.
Já no Rio Grande do Sul, a maior quantidade ocorreu em Imbé, com oito baleias avistadas (Torres também contabilizou baleias no monitoramento).
Desde o final da década de 1980, quando os primeiros monitoramentos foram feitos, o maior número registrado (em um único monitoramento) foi de 273 baleias avistadas, em 2018. No ano passado, em um dos monitoramentos foram contabilizadas 225.
*Com informações de NDMais e Governo de SC