Na última sessão da Câmara Municipal, quatro vereadores de Torres anunciaram suas saídas de seus atuais partidos (pelos quais foram eleitos em 2016), assim como alguns deles também anunciaram suas novas agremiações. O MDB foi a sigla que teve mais cadeiras subtraídas na Câmara. Talvez por conta do envolvimento da agremiação (antes PMDB) nos escândalos dos governos Lula/Dilma no Brasil e do governo do próprio emedebista Michel Temer, também no governo Federal. Até agora o MDB teve três baixas em Torres. O Partido Progressistas teve uma.
TUBARÃO: Saída para fazer Chapa de Prefeito pelo PDT
O vereador Carlos Monteiro, o Tubarão, foi o primeiro a utilizar a tribuna para comunicar sua saída do MDB de Torres, e a consequente entrada no PDT torrense. Tubarão disse estar realizando uma espécie de “grito de Liberdade” por sair de um partido no qual não conseguia realizar sua busca de se candidatar a Prefeito de Torres, mesmo após pedir este espaço de forma insistente. Tubarão ainda lembrou que entra no PDT para passar pela convenção do Partido e ter de concorrer com outra candidatura interna. Mas disse que a escolha da sigla trabalhista foi consciente. Mesmo assim em seu discurso, foi educado e agradeceu os amigos e eleitores do MDB de Torres, onde ficou por muitos anos.
GISA: Família Webber Rodrigues troca de sigla
A vereadora eleita pelo antigo PP e atual Progressistas, Gisa Webber, foi à tribuna anunciar sua saída do partido e também anunciar a escolha do PSD (Partido Social Democrata) para que seja sua nova casa na política. Gisa disse que o Partido Progressistas local, anulou totalmente sua participação nas decisões na agremiação, motivo da decisão de sua saída. Ela também lembrou que quem sai do Progressistas é a família Webber Rodrigues, afirmando publicamente na tribuna que deixaram o partido tanto ela quanto seus irmãos, sua mãe e pessoas ligadas ao trabalho e legado de seu pai, o saudoso Clovis Webber Rodrigues (ex-prefeito de Torres).
MARCOS: Saída com endereço… mas entrada sem endereço
O vereador Marcos Klassen também utilizou a tribuna para comunicar sua saída do MDB. Ele se referiu ao fato com certa tristeza, pois partilhou publicamente que se ligou ao partido no início dos anos 2000 baseado em nomes da agremiação no Estado, como o ex-governador e ex-senador Pedro Simon, por exemplo. Disse que não conseguiu espaço no MDB de Torres por conta de dificuldade de lidar com a cúpula local da agremiação, motivo de sua saída. Marcos não informou em qual agremiação que irá se filiar após a saída do partido no qual esteve por 20 anos. Vai informar na segunda-feira, dia 16 de março.
JACQUES: Saída rápida e certeira
Já o vereador Carlos Jacques também comunicou para A FOLHA sua saída do MDB de Torres. O fato já havia sido confirmado no dia 6 de março, primeiro dia da janela aberta para esta função. Ele já estava acertado com o Partido Progressistas local, onde já está filiado. Jacques disse que vai falar sobre o assunto em seu pronunciamento agendado para a próxima sessão. Mas a migração está feita.
Outras saídas e entradas possíveis até inicio de abril
Atualmente o MDB de Torres passou de quatro cadeiras na bancada na Câmara para uma, a do vereador Gimi (que ainda pode sair do partido). O PDT ganhou uma cadeira: a do vereador Tubarão e cresceu para duas na bancada, após ter perdido uma no ano de 2019 – com a expulsão do vereador Rogerinho (que está no Progressistas). O PSD ganha uma bancada na Câmara no ano de 2020 com a entrada de Gisa Webber, fazendo com que a casa legislativa aumente para oito bancadas partidárias atuantes: Progressistas, MDB, PDT, PTB, PT, PRB, PSD e Rede Sustentabilidade. O Progressistas que iniciou a legislatura com três vereadores perdeu um (Gisa), mas ganhou dois (Rogerinho e Jacques), passando para quatro cadeiras.
Há expectativa que o vereador Ernando Elias da Silveira passe para outra agremiação porque o seu partido – Rede Sustentabilidade – não estaria credenciado a receber o Fundo Partidário nem eleitoral por não ter atingido o coeficiente mínimo na eleição de 2018. Mas não se sabe se Elias vai para o Progressistas ou para outra agremiação torrense. E pode, ainda, haver outras trocas de cadeiras partidárias, pois a janela vai até o início do mês de abril.
*Editado por Guile Rocha
