Durante a sessão da câmara de vereadores de Torres realizada na segunda-feira (23 de junho), em seu espaço de tribuna, o vereador Gibraltar ‘Gimi’ Vidal (PP) deixou sua opinião da necessidade da municipalidade de Torres rever seus gastos com o Festival de Balonismo, realizado anualmente. É que ele anunciou que houve gastos de aproximadamente de R$ 5 milhões com o Festival deste ano e déficit de R$ 3,5 milhões – por conta das receitas auferidas terem girado, consequentemente, em torno de R$ 1,5 milhões (conforme informações enviadas pela prefeitura para seu gabinete, após pedido).
Para o vereador, a prefeitura deveria mais uma vez estudar e implementar investimentos fixos no Parque Odílio Webber Rodrigues, para que estes substituam os sistêmicos e grandes gastos em montagem e desmontagem das lonas que acabam sendo chamadas de Galpões, que são estruturados e montados no espaço dos festivais. Lembrando que já foram construídas diversas estruturas físicas na área, para aprimorar a estrutura do Parque do Balonismo (mas que, conforme o vereador, ainda não cobrem todas as necessidades do evento).
Gimi também fez uma observação referente aos gastos feitos com os balões (proposito do evento) e os gastos feitos com o resto da festa anual, realizada na cidade. Ele citou que, para a compra do gás dos balões, se gastou em torno de R$ 870 mil, o que sugere que o resto acabou sendo gasto para as atrações adicionais da festa – como shows, banheiros químicos e a montagem das barracas para a feira/mostra.
Vereador Rogerinho afirma que prefeito já anunciou investimentos
Em seu pronunciamento, dentre outros assuntos, o vereador Rogerinho Jacob (PP) afirmou que o prefeito de Torres, Delci Dimer, em conversa com ele afirmou que já está projetando investimentos fixos de seu mandato no parque Odilio Webber Rodrigues, justamente para economizar o aluguel das estruturas (atualmente altos em relação aos gastos totais do evento Festival de Balonismo).
Esta ‘tecla’ de substituir custos variáveis por investimentos em capital fixo no parque é recorrente: de tempo em tempo volta a tona por políticos de diferentes agremiações locais em Torres, sempre com o discurso de trocar gastos com aluguel (montagem de barracões dos estantes) por investimento em patrimônio fixo para esta função – uma ideologia contrária à terceirização, o que sugere debate e decisão responsável.
O governo do ex-prefeito Carlos Souza, em seus oito anos de gestão, fez fortes investimentos no parque, tanto na área estrutural quanto em embelezamento do local. A ex-prefeita Nílvia foi a gestora que estava no poder quando ocorreu a construção da primeira “laje” concretada no parque. E o ex-prefeito João Alberto investiu em um galpão – que atualmente está praticamente desativado no mesmo terreno do parque, isto feito ainda na gestão 2005/2008. E sempre o discurso foi de trocar gastos anuais variáveis por investimento fixo.
