Metas fiscais da prefeitura de Torres continuam estáveis

A apresentação aconteceu com a presença de poucos vereadores,talvez pelo período ser eleitoral.

28 de setembro de 2024

Na tarde de terça-feira (24 de setembro), aconteceu nas dependências da Câmara de Vereadores a obrigatória Audiência Pública de apresentação das metas fiscais do orçamento da prefeitura de Torres, desta vez, a apresentação foi referente ao acumulado até o segundo quadrimestre do ano de 2024 (de janeiro a agosto de 2024), o que representa em torno de dois terços (66%) das metas do período anual (100%). 

A apresentação aconteceu com a presença de poucos vereadores da casa legislativa torrense: Fábio  da Rosa(Progressistas), Gimi Vidal (Progressistas), Silvano Borja (Podemos) e Cláudio Freitas (Republicanos). Da prefeitura, presentes a Secretária da Fazenda,  Maria Clarice Brovedan, e um contador da prefeitura (que apresentou o resumo das metas do 2º quadrimestre). 

Mais uma vez os números da contabilidade de Torres mostraram o efeito de um governo austero para com os investimentos e gastos, o que projeta que no final do exercício anual a contabilidade estampará superavit.

 

Receitas locais mais uma vez acima do previsível no período

A Receita Orçamentária Consolidada total em Torres, que corresponde ao somatório das receitas correntes e de capital (excluída as deduções para o FUNDEB, tributárias e outras receitas) foi prevista para o exercício de 2024 em R$ 312.584.193,64 (R$ 312,6 milhões). A receita efetivada no período de janeiro a agosto de 2024 (até 2º Trimestre – 66% do ano) foi de R$ 239.051.876,12 (R$ 239 milhões), tendo sido arrecadados, portanto, 76,47% da meta anual.

Os Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria – receitas estas  obtidas somente com forças municipais – atingiu ao final do quadrimestre R$ 91.142.166,97 (R$ 91,1 milhões), 84,60% da projeção estimada para o ano. O Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) arrecadou 87,72% da projeção nestes 8 primeiros meses do ano. O Imposto sobre Transações Imobiliárias (ITBI) arrecadou 97,43% da projeção anual em Torres. Já em relação ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), a arrecadação no período foi de 75,47% da projeção para 2024. “O desempenho dessa importante fonte de receita municipal deve-se a implementação de uma política de combate à sonegação de impostos, bem como a atualização da legislação municipal face às alterações provocadas pela Lei Complementar nº. 116/2003” afirmava a contabilidade no relatório apresentado.

Cabe salientar que a Prefeitura de Torres, anualmente (e a muitos anos) faz promoções para arrecadar os impostos prediais no início do ano, à vista, além da cidade possuir muitos imóveis de veranistas, que, por questões diversas, resolvem pagar o imposto predial adiantado, quando em estadas na cidade.  Estes fatores ajudam anualmente que as receitas tributárias (impostos locais) sejam realizadas com mais antecedência do que o período anual, como foi visto na recente apresentação das metas fiscais (76% recebido em 66% do período)

 

Transferências da União e do Estado do RS 

Nas Transferências Correntes da União, o item mais significativo refere-se às transferências constitucionais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) –, que realizou R$ 26.713.8 ex55,77 (R$ 26,7 milhões) no período, correspondendo a 70,28% da projeção anual de R$ 38.006.349,54. E são o destaque da conta, embora a cidade de Torres tenha outras receitas federais (como sobre Petróleo e IPI, por exemplo, ambos pequenos em relação ao total).  

Das verbas do Estado do RS, a parcela de transferências se referem ao Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS), que foi de R$ 11.388.153,16 (R$11,4 milhões) correspondentes a 78,76%, da projeção anual desta arrecadação. Já a   cota – parte do Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA) transferidos de carros emplacados na cidade foi de R$ 6.355.726,87, correspondentes a 78,08% da projeção anual (também por haver campanhas de pagamento à vista deste imposto pelo Estado do RS). 

 

Despesas 

Considerando todas as fontes de recursos, a Despesa total liquidada no período de janeiro a agosto de 2024 apresentou uma execução no valor de R$ 173.366.244,91 (R$ 173,36 milhões), sendo inferior à Receita Total realizada.

As Despesas liquidadas do ano até agosto representaram 55,46% da previsão inicial para o ano:  de R$ 312.584.193,64. O total das despesas correntes realizadas foi de R$ 154.356.393,79, correspondente a 62,70% da projeção anual inicial de R$ 246.163.530,88. 

 

Despesa de pessoal dentro dos parâmetros legais 

A Despesa de Pessoal total – calculada conforme metodologia adotada pelo Tribunal de Contas do Estado do RS, considerando os poderes executivo e legislativo – é o item mais significativo no conjunto das despesas fiscais. Em relação à Receita Corrente Líquida dos 12 últimos meses ( ou seja, setembro de 2023 a agosto de 2024), conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, a despesa com pessoal está abaixo do limite prudencial (que é de 57%) – apresentando, respectivamente, o limite de comprometimento de 46,86% para o Executivo e de 1,28% para o Legislativo.

  •  RESULTADO


Receita Realizada Programada no Exercício Realizada no Período
(1) Receita Total 312.584.193,64 239.051.876,12

 

Despesa Empenhada Programada no Exercício Realizada no Período
Despesas Correntes 246.163.530,88 154.356.393,79
  Pessoal e Encargos Sociais 173.171.355,83 106.777.275,79
  Juros e Encargos da Dívida 1.278.000,00 1.452.898,99
  Outras Despesas Correntes 71.714.175,05 46.126.219,01
Despesas de Capital 35.408.489,25 19.009.851,12
  Investimentos 21.209.239,25 10.281.963,50
  Inversões Financeiras 975.250,00 0,00
  Amortização da Dívida 13.224.000,00 8.727.887,62
(2) Despesa Total 281.572.020,13 173.366.244,91
Resultado Orçamentário (1-2) 31.012.173,51 65.685.631,21

 


Publicado em: Política






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