Na sessão da Câmara Municipal de Torres realizada na segunda-feira (dia 22 de agosto), um dos assuntos principais abordados no espaço de tribuna pelos vereadores foi referente ao Projeto de Lei, que já tramita na Casa Legislativa, que objetiva a implantação do Estacionamento Rotativo pago em Torres.
A primeira manifestação veio do vereador Rogerinho (PP). Ele avaliou haver um risco grande do centro da cidade se transformar em um ‘deserto de veículos’, por conta da área proposta para a aplicação do estacionamento pago. E por isso disse que irá sugerir a prefeitura – ou colocar uma emenda no PL em trâmite – para que o estacionamento fique SOMENTE DE UM LADO DAS VIAS, para evitar (segundo a sua projeção) vazios no centro, se o processo fosse aplicado nos DOIS LADOS das vias (como propõe o projeto). Ele também afirmou que, se for necessário, a prefeitura poderia se estruturar para a operação do sistema, caso a empresa terceirizada não tope a diminuição das vagas em sua proposta.
O Vereador Silvano Borja, a seguir, também sugeriu mudanças. Ela acha que é necessário avaliar melhor alguns detalhes na lei – dizendo achar que o número de mais de 1.700 vagas proposto deveria abaixar, para em torno de 500 vagas, para depois (se necessário) ir aumentando conforme processo de verificação prática e in loco do sistema em Torres.
O vereador João Negrini (Rep), fazendo uma defesa ao projeto apresentado em Torres pelo governo Carlos Souza, informou que: 1 – Não havia mais em torno de 1700 vagas – isso porque a prefeitura já havia decidido retirar a zona de beira de praia da área de estacionamento pago; 2 – que dentro dos vários espaços projetados, também há os reservados para IDOSOS e PORTADORES DE DEFICIÊNCIA, que ajudam a aumentar o número de espaços mapeados pelo PL da Prefeitura.
Tentativa abortada em 2015
O PL do Estacionamento Rotativo de Torres está na Câmara Municipal – para ser apreciado, discutido e votado – após a criação do processo pelo atual governo Carlos Souza. No governo municipal de Nílvia Pereira (PT), em 2015, o sistema quase foi implementado na cidade – ocasião em que placas de sinalização, marcação de vagas e pré-contratação de empresa operadora do plano de vagas pagas já haviam sido implantados nas ruas da cidade. Entretanto, um processo de forte mobilização popular (inclusive com vultuosa passeata) contra o projeto – somado a judicialização do PL e da empresa terceirizada (autoria da OAB de Torres, com apoio de várias entidades) abortou o plano, interrompendo o projeto pelo menos momentaneamente.
