Ao longo das últimas duas semanas, cidadãos de Torres tem lidado com uma situação crítica e complexa junto a ponte de concreto – na divisa do estado com Santa Catarina. Próximo à ponte existe uma estrutura antiga, com processo judicial demolitório, onde moradores de rua se alojaram com seus cães – e estes estão atacando pessoas que transitam próximo ao local. “Desde então a Prefeitura de Torres vem atuando junto a estes moradores e seus animais a fim de sanar a problemática. Foram realizadas a castração de três fêmeas, de modo a evitar um descontrole no aumento populacional e em razão de que o cio pode gerar certo comportamento agressivo aos animais. Além disso, prestamos atendimento a um cão que sofreu lesões na pata por atropelamento”, indicou a comunicação da municipalidade.
Porém, os casos de ataque seguem ocorrendo, com maior intensidade e severidade de danos físicos as pessoas vítimas nos últimos dias. No dia 26 de junho ocorreram ao menos três ataques no local e segundo informações recebidas pela Secretaria de Meio Ambiente (e divulgadas nas mídias sociais), alguns casos com lesões severas.
A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, também vem trabalhando no que diz respeito a questão da situação dos moradores que vivem em vulnerabilidade social. Durante a última visita os moradores informaram que vão alugar uma residência e levar os cães”, explica a comunicação da Prefeitura de Torres. O Batalhão Ambiental da Brigada Militar, – PATRAM também esteve no local e está trabalhando em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente.
Alguns cães já recolhidos
Na data de terça (27 de junho) a equipe veterinária da Prefeitura de Torres esteve novamente no local e realizou o recolhimento de uma fêmea com seis filhotes, que segundo novas informações, estaria com comportamento agressivo, possivelmente em defesa aos filhotes. A Secretaria informa que também irá ao local recolher os cães machos não castrados para encaminhar para castração. Mesmo com o recolhimento destes cinco cães adultos e os filhotes, restam no local cerca de seis cães de médio porte.
“Atualmente, todas as hospedagens conveniadas estão sem vagas. O poder público agiu de várias formas, porém se depara agora com mais seis cães tutelados por moradores de rua e sem alternativa locacional para o recolhimento destes animais. É importante deixar claro que cabe a cada proprietário cuidar e zelar por seu animal, para que estes não ataquem outras pessoas, pois cabe ao proprietário a responsabilidade criminal sobre os atos cometidos por ele. Porém neste caso, os tutores moram na rua e precisamos agir para que se evite uma tragédia maior”, ressalta a municipalidade.
Diante destes fatos, estamos trabalhando para solucionar esta problemática o mais breve possível, para evitar que mais pessoas sejam atacadas. Aproveitamos para informar que estamos trabalhando em minuta de lei que estabelece a Política de Bem-estar Animal, além de uma política contínua de castração em busca de melhores condições e criando procedimentos operacionais para padronizar os atendimentos.