Estreia na direção de longas da atriz carioca (mas radicada em Porto Algre) Cristiane Oliveira, “Mulher do Pai” é um filme que aparentemente se encaixa no subgênero cinematográfico “coming-of-age”, que define obras que lidam com a transição da personagem principal para a idade adulta. A particularidade nesse caso é a ambientação, fora de uma área urbana, numa periferia rural e fronteiriça entre Rio Grande do Sul e Uruguai.
O filme será exibido na próxima sessão do Cineclube Torres, na última semana do ciclo temático “Um Certo Cinema de Porto Alegre em Torres”. A exibição será às 20h de segunda (25), na Sala Gilda e Leonardo (na UP Idionas – Rua Pedro Cincinato Borges, 420, centro de Torres). Este ciclo de novembro integra projeto realizado com recursos da Lei Complementar n.195/23 – Lei Paulo Gustavo.
A sessão, sempre entrada franca, é parte da programação continuada do Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.
Sobre o filme
A jovem é a Nalu (Maria Galant) que precisa cuidar do pai cego (Marat Descartes), após a morte da avó que os criou como irmãos. Quando o pai Ruben percebe o amadurecimento da filha, surge uma desconcertante intimidade entre eles.
A Cristiane Oliveira “introduz um olhar algo longilíneo sobre sexualidade a partir de uma tensão silenciosa entre pai e filha, que vivem momentos opostos, mas igualmente desestabilizadores, em suas relações com o sexo.” (Reinaldo Glioche)
“Mulher do pai” foi exibido em 2016 na 18ª edição do Festival do Rio, de onde saiu com os prêmios de direção, atriz coadjuvante e fotografia, e no Festival de Berlim, na mostra Generation.