NO RÉVEILLON DO LITORAL, SINDICATO PROJETA CRESCIMENTO DE 60% NO MOVIMENTO DO TURISMO

No Brasil ocupação de hotéis foi superior a 80% durante o réveillon 2022. Mas sindicalista do Litoral Norte do RS sugere que governos editem medidas compensatórias para o setor

Torres lotou como na imagem clicada por Márcio Torres
12 de janeiro de 2022

 

Uma das épocas mais esperadas do ano para o turismo, o Réveillon de 2022 apresentou bons índices para o setor hoteleiro em todo o Brasil. Conforme informa o Ministério de Turismo, alguns destinos do país registraram taxas de ocupação superiores a 80%, com destaque para Recife (PE), com 95%, e para os atrativos de Santa Catarina que quase tiveram sua lotação máxima para a celebração. A capital fluminense, um dos principais destinos do país, também não ficou para trás, chegando a 92% de ocupação hoteleira.

Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, as expectativas para esta época do ano eram bem positivas e foram superadas em alguns estados do país. “Tivemos bons números na maioria dos nossos destinos que animaram muito o nosso setor. Podemos atribuí-los, em parte, ao esforço de todo o governo federal e do setor com a adoção de protocolos de biossegurança que protegem turistas e trabalhadores, a partir de uma adesão cada vez maior ao Selo Turismo Responsável, do Ministério do Turismo. Com isso, nossos turistas já se sentem mais seguros a voltar a viajar pelo país”, disse.

 

No Litoral Norte do RS movimento cresceu 60% comparado com o ano anterior

 

Ivone: “movimento quase dobrou, mas governos cobraram impostos dos estabelecimentos que eles mesmos mandaram fechar por conta da pandemia.

 

De acordo com levantamento preliminar obtido pelo sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Litoral Norte (SHRBS LN), o movimento em hotéis e restaurantes em dezembro de 2021 a janeiro de 2022 teve um acréscimo de 60% se comparado com o mesmo período do ano anterior.  A presidente do sindicato, torrense Ivone Ferraz afirma que o trade turístico conseguiu isto seguindo ainda todos os protocolos para serviços de Buffet, distanciamento de mesas e uso de máscaras e luvas dentro dos hotéis e restaurantes.

Ivone também avaliou o perfil do Turista. Para a líder sindical dos hoteleiros da região, o público consumidor no período teve uma mudança significativa. São pessoas que não foram viajar para fora do país e com isso ficam mais tempo nos hotéis, que proporcionam segurança e conforto, bem como estadas com famílias.

 

Aplicativos roubam clientes . Sindicato quer compensação para o setor

 

Ivone Ferraz reclama de certa forma do crescimento dos aplicativos de aluguem e estadias, que para o sindicato ocupa uma espécie de “hotelaria informal” junto com a já existente antes da novidade. Este segmento em geral para ela “sempre foi à pedra no sapato do hoteleiro e também do município de Torres, onde reside”. Ela lembra que a atividade informal não deixa ISSQN (imposto) para os cofres do município, o que diminui a capacidade de investimento das municipalidades, além de tirarem dos hoteleiros as diárias formais.

A sindicalista sugere que os governos em todas as esferas editem alguma medida de fomento ou compensação à categoria,  por conta das perdas na pandemia. “O governo nos mandou fechar e cobrou os impostos dos hotéis e restaurantes fechados, isso é inaceitável, deveriam também contribuir com redução dos impostos, auxilio em mídia da cidade e qualificação de mão de obra”, reclama Ivone Ferraz.


Publicado em: Economia






Veja Também





Links Patrocinados