Abandonado em Torres, prédio histórico no Morro do Farol vinha sendo utilizado como depósito de lixo e casa para andarilhos

1 de fevereiro de 2017
 
Prédio da antiga Escola Cenecista está desativado desde 2011 (foto: Guile Rocha)
 
 
Por Guile Rocha
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Na quarta-feira (01), em Torres, foi realizada uma operação em conjunto – entre o policiamento urbano, policiamento ambiental e Secretarias municipais do Meio Ambiente, da Assistência Social e de Obras. O objetivo da ‘força-tarefa era identificar andarilhos que ocuparam o antigo colégio Cenecista.
Localizado em área de alto valor histórico, cultural e turí­stico para Torres, no Morro do Farol, a operação adentrou no espaço em ruí­nas e verificou que lá pousavam pessoas num espaço com péssimas condiçíµes de higiene.  Foi realizada uma limpeza  do local, sendo que a  Secretaria de Obras preencheu duas caçambas de caminhão com lixo que era depositado no interior do prédio (conforme informou a Brigada Militar de Torres). Além disso, foi providenciado um certo isolamento do local,  para coibir novas invasíµes ao prédio abandonado.  
 

Um pouco da história do prédio  

 
O prédio, hoje abandonado no topo do Morro do Farol, remete ao perí­odo do Estado Novo de Getúlio Vargas, sendo que seu primeiro uso se deu nos anos de 1937-38 – servindo como colí´nia de férias para um grupo escolar. Em 1979 o prédio onde ficava as instalaçíµes da antiga Escola Cenecista Durbam Ferrar Ferreira foi cedido pela Prefeitura de Torres ao CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade).De acordo com a lei de cedência, caso houvesse   a extinção da escola, ou se a   mesma deixasse de   existir por perí­odo superior a um ano, a diretoria seria   responsável em devolver o imóvel ao Municí­pio.
E a  Escola Cenecista lá funcionou até ser desativada, em fevereiro de 2011.Porém, a diretoria não cumpriu o que estipulava a Lei, forçando assim a Administração Municipal a entrar com uma ação contra o   CNEC. Assim, em novembro de 2012 a prefeitura de Torres realizou a reitegração do prédio ao patrimí´nio municipal. Mas durante estes 6 anos, nenhuma empreitada – pública ou privada – recuperou o histórico prédio para uso da comunidade. Batalhou-se pela instalação de uma Escola Técnica Federal no espaço, mas a demanda nunca foi efetivada.  
O local, voltando um   pouco mais no passado, também acomodou a casa noturna Gimi’s Drink Bar – bastante popular até o começo dos anos 2000.  
 
 
 
 
 Operação desta quarta (01/02) verificou grandes quantidades de lixo dentro do prédio (Foto: Brigada Militar)

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