Alunos do 1 ° ano do Marcílio Dias prestigiaram a exposição do Prof. Pr. Gerson Guths (foto), que realiza trabalho de reciclagem do óleo de cozinha
Por Guile Rocha
(Assessoria Comitê Mampituba)
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As turmas do 1 ° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Marcílio Dias, de Torres, prestigiaram, na tarde da última quinta-feira (03 de novembro) uma palestra oferecida pelo Comitê Local da Bacia do Rio Mampituba (CoMampi) – em parceria com a Logsul Logística Reversa – para tratar dos malefícios do óleo de cozinha para nossas águas. Mais de 100 estudantes prestaram atenção as palavras do Prof. Pr. Gérson Guths, ex capelão da ULBRA Torres e proprietário da Logsul há 6 anos. "Comecei meus trabalhos de coleta do óleo de cozinha com o objetivo de encontrar uma fonte alternativa de energia, mas acabei descobrindo a importância deste tema para a preservação do Meio Ambiente – uma vez que o óleo é gerador de grande poluição", iniciou Guths.
Dentre os componentes do lixo domestico, o óleo de cozinha é o maior poluidor- sendo mais maléfico que qualquer outro resíduo de nossas casas, conforme ponderou Gerson Guths. O proprietário da Logsul, então, destacou alguns dos malefícios do óleo de cozinha quando em contato com a água, disfunção que "contamina rios, lagos e até o oceano, e que causam desde a morte de peixes e fitoplanctons (responsáveis principais pela fotossíntese, que nos fornece oxigênio) até a disseminação de doenças e geração do gás metano (20 x pior pra camada de ozí´nio que o dióxido de carbono)".
Complementando, o palestrante falou dos problemas gerados ao não se dar o destino correto ao óleo de cozinha, jogando o óleo na pia da cozinha ou no vazo sanitário, por exemplo. "Os restaurantes fazem a coleta/ reciclagem do óleo pois são obrigados por lei, mas é enorme a quantidade de óleo despejado pelas residências, que é o mais difícil de recolher. A gordura (óleo) gruda nas paredes dos canos, entupindo a tubulação e danificando a estrutura. Além disso, este descarte inadequado do óleo onera em cerca de 30% o tratamento de esgoto", indicou Gerson.
Descarte do óleo nos postos de coleta
Conforme foi informado na palestra para os alunos da Escola Estadual Marcílio Dias, a Logsul Logística Reversa (empresa que está instalada no bairro Itapeva) coleta mensalmente mais de 20 mil litros de óleo de cozinha – evitando assim a contaminação de até 20 bilhíµes de litros de água por mês. "A maioria deste óleo, antes, acabava indo para os esgotos, complicando ainda mais o processo de tratamento. Temos 3 caminhonetes recolhendo o material, e o descarte correto do óleo de cozinha – além de evitar a contaminação das águas e ajudar o meio ambiente – também gera renda e serve de matéria prima para a indústria (utilizada na fabricação de sabão, ração, calçados, combustíveis, tintas). No caso da nossa empresa, o óleo será reaproveitado em fábricas de calçados (para a produção, principalmente, de palmilhas) bem como na indústria de biodiesel", destacou Gerson Guths.
E é muito fácil ajudar neste processo de reciclagem do óleo de cozinha: basta guardá-lo numa garrafa PET e entregar nos locais adequados de coleta. Em Torres, os pontos de coleta são na escola Marcílio Dias, na Unidade da Corsan, nos postos de combustível da Rede SIM, no Supermercado Dia e com o pessoal que trabalha com a Coleta Seletiva. Uma simples atitude que contribui para muda o mundo… para melhor. A natureza agradece!