Mulheres que trabalham de sol á sol na festa representam o
orgulho dos produtores que utilizam com sucesso os
Marrecos de Pequim em suas lavouras
A Festa Regional do Marreco de Pequim (Ferema) já pode ser considerada uma nova tradição em Torres. A quinta edição da festa realizada no último final de semana (28 e 29/11) na Vila São João recebeu cerca de 3.000 mil visitantes. Foram comercializados, por exemplo, mil ingressos para o almoço, além d e várias presenças no Café Rural, servido no sábado e no domingo í tarde.
Além de saborear o delicioso almoço a base de carne de marreco de pequim, o público participou e prestigiou os jogos marrecolímpicos, que são divertidas brincadeiras envolvendo marrecos de pequim ou os seus ovos. Os jogadores podiam optar entre quatro modalidades: caça ao marreco na lama, arremesso de ovo, corrida do marreco e futebol de sabão. Também foi possível participar da tarde dançante e do baile de encerramento animado pelo grupo Art Sutil.
A comissão organizadora festeja o fortalecimento de mais um segmento econí´mico na região. Com a renda arrecadada durante as cinco ediçíµes da Ferema e o prêmio de R$ 20 mil do Ministério de Desenvolvimento Agrário, ganho através do Concurso Nacional de Sistematização de Experiências sobre Agroecologia e Agriculturas Alternativas, a comunidade do Rio Verde projeta instalar uma sala de abate e desta forma legalizar a comercialização da ave resfriada e congelada. Na última safra de arroz cerca de 35 mil marrecos foram utilizados em lavouras da região. Com a necessidade de retirá-los do campo para a colheita do grão é preciso incentivar o consumo da carne.
A criação de marrecos de Pequim é uma alternativa de renda para os arrozeiros da região. As aves fazem parte de um projeto, implantado em 2003, para auxiliar no combate aos inços e pragas, como o arroz vermelho, que atacam as lavouras orizícolas. Na entressafra do grão, os marrecos são fontes de produção no contexto da agricultura familiar, garantindo também, a sustentabilidade da lavoura. A criação integra um processo de transição para uma cultura mais orgânica, sem tantos aditivos químicos.