Prefeito Carlos Souza (e) pessoalmente formalizou proposta. André Dambrós (d) comandou a Assembléia pelo SIMTO
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Com placar de 218 votos a favor (61,5%) e de 136 votos contra (38,5%), os servidores municipais de Torres aceitaram a proposta da Prefeitura e terminam a greve no mesmo dia em que ela tinha iniciado, nesta terça-feira, dia 21 de março. A assembleia, que aconteceu í s 14 horas no Salão Comunitário do bairro Stan, também foi de iniciativa do Sindicato dos Municipiários de Torres (Simto). Ela interrompe a greve quatro dias após a assembleia anterior, que deflagrou a greve. O evento que contou com mais de 350 pessoas teve coordenação do presidente interino do SIMTO André Dambrós e do presidente do Cepemto (Centro dos Professores Municipais de Torres) Belimar Guimarães.
Pela prefeitura estavam presentes, além do prefeito Carlos Souza, a secretária de Finanças Clarisse Brovedan e alguns assessores diretos do prefeito. Os vereadores Jacques (PMDB), Gimi (PMDB) e Pardal (PRB) além da presidente da Câmara de Vereadores de Torres Gisa Webber (PP) estavam lá no encontro de negociação para avaliar as atitudes de ambas as partes.
ALí‰M DA PAUTA PRINCIPAL, COMPROMISSOS DE AVALIAR OUTRAS DEMANDAS
A única pauta formal de negociação foi a do reajuste integral dos salários de todos os servidores da municipalidade de Torres pelo índice do INPC, de 6,66%. A prefeitura inicialmente queria pagar metade deste índice e de forma parcelada. Após as negociaçíµes destes dias, o prefeito Carlos Souza recuou e acordou pagar o índice integral em três parcelas: 2% em fevereiro (retroativo); 2% em agosto e 2% em novembro. Isto significa que os servidores já vão receber o 13 º salario com os vencimentos reajustados pelo índice acordado. O Vale Alimentação se mantém sem reajuste, mas a prefeitura quer aplicar em 2018 o reajuste equivalente aos dois anos: 2016 e 2017. Mas o prefeito Carlos Souza se comprometeu, também, a negociar com a categoria outras demandas. São elas:
1. Colocar em lei o critério automático de reajuste anual dos servidores para ser aplicado em fevereiro de todos os anos, sem necessidade de negociação entre as partes e enviar para a Câmara para que o PL seja debatido e aprovado.
2. Revisar os laudos que retiraram o direito a receber adicional de insalubridade de algumas categorias de servidores, o que é considerado pelo sindicato tecnicamente errado.
3. Achar uma forma de não inviabilizar o trabalho de servidores que perderam o direito a merendar junto com os alunos, o que foi considerado ilegal e retirado dos servidores por decreto de lei há alguns dias pela prefeitura.
Todas estas demandas adicionais já têm data marcada para iniciar as negociaçíµes. No dia 4 de abril próximo, a prefeitura e o sindicato irão dar início ás tratativas destas demandas da categoria em uma primeira reunião de trabalho.
As negociaçíµes que terminaram com acordo iniciaram com uma reunião que aconteceu na segunda-feira, na prefeitura. Nela, as partes já haviam encaminhado as bases da negociação a ser levada á assembléia pelo sindicato. Mas o Comando de Greve teve muito trabalho para negociar as novas propostas com a categoria e chamar mais uma Assembleia para esta terça-feira (21), dia em que a greve já estava em andamento.
Nesta quarta-feira, dia 22/3, todas as atividades municipais voltam ao normal. í‰ o fim da greve que iniciou e terminou na terça-feira. A prefeitura se comprometeu – também na assembleia e publicamente – em não descontar o dia de trabalho dos grevistas ativos, que optaram por parar nesta terça-feira passada, dia 21/3.