Linha do Horizonte

19 de novembro de 2009

O PP fez reunião, não mandou nada para ser divulgado pela imprensa, mas deve estar se organizando para apoiar seus í­cones que concorrem para a Assembléia legislativa e para cadeiras no Congresso Nacional.  

E o PMDB realizou na quarta-feira passada um jantar festivo onde empossou o vereador José Ivan como o novo presidente da sigla em Torres, e aproveitou para dar a largada para a campanha de 2010, onde em princí­pio o diretório local apoiará o atual deputado estadual Alceu Moreira para uma cadeira na Câmara Federal, o deputado estadual e atual secretário da Habitação do Estado Marco Alba para renovar sua cadeira na AL do RS, e o jovem Gabriel Sousa para buscar votos da juventude para deputado, também na AL estadual, pois é jovem está esbanjando carisma dentro do PMDB estadual e nacional.  

A organização de campanhas para candidatos í s cadeiras em parlamentos é importante para militantes locais. Além de apoiar a sigla e usufruir dos benefí­cios da eleição de um colega, o apoio acaba tendo retorno duplo para o municí­pio e para os polí­ticos da sigla local. A cidade ganha com apoios institucionais e junto ao executivo estadual e federal, e os polí­ticos acabam recebendo apoios institucionais e até financeiros do candidato e da sigla nas eleiçíµes municipais para prefeito e vereador que ocorrem em 2012, que chega logo…

 

   

Disputa dentro do PMDB local

   

Uma disputa saudável e salutar deverá ocorrer dentro do PMDB de Torres para a candidatura í  prefeito em 2012. Existem atualmente três candidatos a candidatos na sigla torrense. Pardal, Gimi e José Ivan. Os três possuem ótimos atributos para ganhar o pleito e estão preparados para assumir a prefeitura caso ganhem internamente e ganhem, é claro, o pleito. Cabe aos nomes procurarem assumir atitudes republicanas, equilibradas e retas a partir de agora. O povo nota tudo, a gente acha que não, mas nota, sim. Veremos!

   

Pesquisa desbanca apoiadores dos carros de som

   

O vereador Rogerinho fez uma enquete e constatou que na amostra de 300 questionários feitos por seu gabinete sobre a permissão ou não da continuidade dos carros de som nas ruas fazendo propaganda, 90% são a favor da proibição deste tipo de formato de mí­dia. O vereador afirmou que inclusive incentivou os arautos deste tipo de formato de anúncio que fizessem campanha, mesmo assim deu isto, ou seja:  

De cada 10 torrenses, 9 quarem o fim dos carros de som com propagandas e 1 prefere que eles continuem.

     

 Foi parar no Tapetão

   

Foi para o tapetão a discussão sobre os carros de som. O vereador George Rech pediu suspensão da discussão e votação da matéria utilizando uma lei que acabou expondo a câmara, qual seja, até então ela funcionava fora da lei pelo teor do artigo invocado pelo edil do PTB…  

Agora a população deverá esperar a vontade da mesa diretora em botar ou não o assunto em pauta após liberação do tema do tapetão antes do final do ano.  

Para mim foi uma manobra orquestrada que não ajuda em nada a democracia, somente esconde posicionamentos de polí­ticos que não querem se expor por suas vontades e ideais, o que deveria ser orgulho dos mesmos em publicar.

     

Saudáveis posiçíµes pessoais, nenhuma posição partidária

   

A discussão que foi suspensa sobre a proibição ou não dos carros de som com propagandas na cidade gerou saudáveis posicionamentos dos vereadores, que mesmo não tendo que se posicionar após a suspensão da votação da matéria, mantiveram de certa forma suas opiniíµes sobre o assunto. Isto é bom para os eleitores que passam a conhecer melhor a ideologia dos candidatos que votaram e elegeram, tão bom quanto foi ruim a suspensão da votação da matéria protagonizada não sei o porquê pelo vereador George Rech (PTB). Digo que não sei por que, pois o mesmo pediu para que a matéria fosse transferida em sua discussão e votação, mas se posicionou a favor dos carros de som, fazendo uma analogia afirmando que galinha vende seus ovos porque cacareja, sugerindo, então, a continuidade da barulheira nas ruas de Torres.  

O que impressiona é a falta do que se chama na polí­tica de fechar questão de partidos sobre um determinado assunto. No caso do PP os ideais sobre carros de som estão divididos. O vereador Rogerinho [e a favor da proibição, inclusive é dono da idealização e confecção do projeto de lei e faz pesquisa sobre o assunto. Já o vereador Idelfonso Brocca é a favor da continuidade dos carros de som e seus ruí­dos que espantam turistas. Ele deixou claro que em sua opinião o que falta é fiscalização, ou seja, fiscalizar os exageros como se não fossem um exagero as próprias propagandas que entram dentro das casas sem bater na porta.  

O vereador Tenora não se posicionou. Pelo seu discurso na sessão da casa onde foi suspensa a discussão da matéria, Tenora reclamou dos carros particulares que fazem barulho inclusive durante a madrugada, e reclamou também das motos e carros com surdina aberta que também acordam torrenses durante seu sono noturno. Pelo que ele disse, o vereador acha que a proibição e a cobrança e fiscalização deve ser para todos, o que o parabenizo.   Só não sei se o vereador é a favor de nivelar por baixo, qual seja, permitir o barulho geral, já que tudo é barulhento, ou se ele quer proibir tudo… Seus eleitores é que deveriam perguntar para ele para saber melhor…  

Mas o que fica é a falta de posiçíµes partidárias sobre o assunto. O PT deixa claro que é contra o Carro de som de propaganda pelo discurso de sua representante na Câmara Professora Lú. O PPS e o PTB deixam claro que são a favor da continuidade dos carros com propaganda de som também pelo discurso do vereador George Rech (PTB) e do vereador Betão da Cal (PPS). Já o PMDB se divide com Gimi a favor da continuidade dos carros de som e com o vereador José Ivan contra, embora concorde em dar prazo para a proibição. O vereador Tiago não se posicionou sobre o assunto, muito menos o lí­der do partido na casa se posicionou sobre se o partido fecharia ou não questão sobre o tema.

 

   

Tudo por nossa causa?

   

O vereador Betão da Cal afirmou que era a favor dos carros de som porque eles ajudaram-no na campanha para se eleger e questionou seus colegas sobre a incoerência de proibir algo que ajuda a eleger vereador e, consequentemente, perder o instrumento de campanha.  

Lembro que há alguns anos atrás podia colocar santinho em poste, agora não pode, e os polí­ticos acharam jeito de substituir a poluição visual. E acho que eles também substituiriam as propagandas de carros de som…  

Mas o que importa é que os eleitores do vereador Betão da Cal não votaram nele para o vereador legislar em causa própria, votaram para ele legislar a favor do coletivo… ou não?

   A menos que os eleitores do vereador estejam nos 10% que acharam que os carros de som deveriam continuar na cidade conforme enquete feita pelo gabinete do vereador Rogerinho.                      

 


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