Relação entre marido e mulher

17 de junho de 2011

O relacionamento entre dois indiví­duos que se propíµem a constituir uma famí­lia, onde as coisas devem se somar e dividir, pode ser comparada a um caleidoscópio (com múltiplas facetas). Ambos vêm de estruturas familiares diferentes, com valores diferentes, passando a conviver com toda a sua intimidade, mostrando um ao outro suas virtudes e suas fraquezas. Isso exige de ambos se despirem de egoí­smo, vaidade, orgulho, onipotência para que possam constituir uma sociedade conjugal, um lar, que se alimente de amor, respeito e justiça. Há uma tendência de cada um a querer preservar seu bem-estar, ainda que em prejuí­zo do outro, o que é próprio do ser humano. Há que se cuidar e evitar esta conduta que geralmente ocorre nos primeiros dois anos de casamento, motivo pelo qual se costuma classificar este perí­odo de ajustamento.

   í€s vezes por insegurança ou por imaturidade emocional, um exige do outro afirmação constante de quanto o ama. A cobrança poderá ser tornar enfadonha e esvaziar o amor em vez de firmá-lo. O diálogo sincero e honesto deverá ser cultivado para que equí­vocos possam ser esclarecidos, incí´modos sejam desfeitos, pois do contrário, o casal poderá colecionar mágoas e distorçíµes e assim, encaminhando a relação para seu fim. Além da vida em comum, é importante se preservar a individualidade de cada um, seus espaços, gostos, opiniíµes, preferências, e poder de maneira madura conviver com as diferenças de maneira saudável, lembrando que mesmo sendo meu companheiro, meu parceiro é outra pessoa diferente de mim,  í  qual devo respeitar e considerar. Muitas vezes, um dos dois pode estra mais voltado para si, para suas coisas, e afastar-se da relação, mostrando-se mais silencioso e distante de maneira afetiva. Esta atitude poderá dar margem a muitas interpretaçíµes, como falta de interesse, atenção, amor, aborrecimento. Numa relação matrimonial, é importante que não haja apenas atração fí­sica ou só intelectual, mas a combinação de ambos, e principalmente a admiração. Quando apenas sexual, é comum que a relação não dure.

Crise no casamento é comum, porque a convivência não é tarefa fácil. Os motivos de crise mais presentes e comuns são o tédio, a rotina, problemas financeiros, discordância na maneira de educar filhos, ví­cios, infidelidade. Muitas vezes pelo amor é possí­vel superar a crise. Outras vezes é prudente procurar um profissional, um psicoterapeuta, pois a origem do desajuste pode estra na infância e/ou na adolescência, e o casamento pode ter sido o fator desencadeante em um dos cí´njuges, quando se deparou com a responsabilidade da união e da vida adulta. Recorrer a um psicoterapeuta, neutro, cientificamente preparado para levantar todos os aspectos da conduta de ambos, auxiliando-os a encontrarem as razíµes ocultas que provocamos desentendimentos e para oportunizar-lhes alí­vio dos sentimentos de culpa, gerados pelo ódio que se instala, muitas vezes, em seu coração, ainda é pouco entendido e aceito pelos casais. Geralmente é o homem quem não aceita a ideia de não poder resolver sozinho seus problemas e ter que precisar de um profissional, quando muito recorre a um amigo para desabafar.

   Os amigos, o que podem aconselhar? Talvez o que ele gostaria de ouvir. Não tendo conhecimento em profundidade, muitas vezes o amigo vai justamente reforçar os mecanismos de defesa ou conduta inadequada do outro, induzindo- a uma solução desastrosa. Quando todos os esforços forma feitos, poderão chegar aconclusão de que o casamento foi um erro, mas a amizade fraternal poderá existir na separação, e a psicoterapia poderá ajudar a atravessar este processo doloroso de separação de forma menos angustiante e solitária, principalmente quando já há filhos.                  


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