São Domingos de Gusmão: Padroeiro de Torres

12 de agosto de 2012

   

 Imagem do Santo padroeiro

 

Por Maria Helena Tomé Gonçalves

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                      Torres tem por seu padroeiro católico São Domingos de Gusmão. Domingos nasceu em Caleruega, pequena vila de Castella Vieja, hoje terras de Espanha, em 24 de junho de 1170, sendo um dos três filhos do abastado casal de nobres Félix de Gusmão e Joana de Aza. A mãe dos garotos era uma fiel seguidora dos mandamentos de Jesus Cristo, mulher muito boa que fazia caridade para as pessoas necessitadas distribuindo parte dos seus bens. Conta a história que Joana quando grávida de Domingos sonhou ter dado í  vida um cachorro branco que trazia na boca uma tocha acesa que iluminava todos os lugares e pessoas por onde passava. O sonho foi interpretado dizendo que ela daria í  luz um menino capaz de com sua palavra iluminar a vida das pessoas com a palavra de Cristo.   Joana acreditou que esse seria o destino de seu terceiro filho, o que de fato aconteceu. O sonho explica porque certos pintores agregam a imagem do santo um cachorro branco levando na boca uma tocha acesa.

                      Os três filhos de Félix e Joana de Gusmão dedicaram-se í  vida religiosa. Antonio, o mais velho tornou-se sacerdote e trabalhava pelos doentes em um hospital. Domingos foi ordenado sacerdote em 1203 e após uma viagem í  França ali ficou pregando o Evangelho. Manes seguiu seu irmão mais novo e integrou o grupo de pregadores quando Domingos, aos quarenta e cinco anos, em 1215, reuniu os primeiros discí­pulos em Toulouse, sul da França, propondo um exemplar programa de renovação cristã e vida apostólica. O seu modelo de vida e a sua eloquência de pregador foi atraindo cada vez mais jovens para a Ordem dos Pregadores do Evangelho, os quais deviam conhecer profundamente as Escrituras e praticar o Evangelho no seu cotidiano. A Ordem foi se expandindo para além das fronteiras da França por toda a atual Europa e depois dos Descobrimentos chegou í s Américas.

                      Antes disso, porém, em 1207, em Prouille, Domingos reuniu um grupo de jovens cujos pais já não conseguiam sustentá-las devido í  carestia, com elas criou a Ordem Segunda das Monjas Dominicanas, dedicadas í  oração e í  caridade. Foi na Capela desse Convento que Domingos teve uma visão de Nossa Senhora que lhe pediu que a saudação da Ave Maria fosse usada como o princí­pio da conversão dos hereges aos quais ele dirigia sua palavra, pedindo-lhe para divulgar o seu rosário com cinquenta Aves Maria.   A partir daí­ o rosário de Maria foi o principal instrumento da pregação dominicana.

                      Numa viagem que Domingos fez í  Roma buscando oficializar junto ao Papado a sua Ordem, conheceu Francisco de Assis que lá se encontrava com objetivo idêntico de aprovação   da Ordem que criara na Itália. Domingos faleceu aos cinquenta e um anos, em 06 de agosto de 1221 e foi canonizado por Gregório IX em 1234. Sua mãe Joana de Aza e seu irmão Manes foram beatificados.

                      São Domingos está presente em Torres desde 1824 quando foi construí­da a igrejinha do alto do Morro, pelo alferes Manoel Ferreira Porto, a ele dedicada, a qual recebeu uma só torre sineira em 1898, construí­da pelo Padre Lamí´naco. Desde então São Domingos é o padroeiro de Torres e seu dia de festa sempre foi comemorado em 04 de agosto, havendo na cidade mais de um Domingos que leva seu nome por ter nascido nesse dia. A Igreja oficializou como o Dia de São Domingos o dia 08 de agosto, daí­ a mudança da data oficial do municí­pio para esse dia, apesar dos seus registros biográficos datarem sua morte como ocorrida em 06 de agosto de 1221.

                      – São Domingos de Gusmão, exemplo de vida e retidão, oriente e proteja todos os habitantes das Torres e os seus descendentes para todo o sempre. Amém.  

             


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