SOS TORRES: Grande ação voluntária emergencial recolhe 300kg de lixo

12 de novembro de 2016

 

 

 

Com Assessoria Praia Limpa

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O Ciclone Extratropical que atingiu o litoral do Rio Grande do Sul na última semana de outubro, atingiu também com muita força todas praias de Torres, um fení´meno natural com efeitos diretos na paisagem local e em áreas construí­das próximas í  beira mar. Barrancos naturais, decorrente das fortes ondas, formaram-se junto í s dunas e ao gramado da Prainha. Além desses efeitos decorrentes da força da natureza, muito lixo restou em todas praias, alguns deles estavam depositados a anos e foram desenterrados devido í  forte ressaca e outros provenientes das correntes marí­timas.

Preocupado com esses danos e com a quantidade de lixo nas praias o Projeto Praia Limpa Torres (Associação dos Surfistas de Torres) mobilizou uma ação emergencial inédita, com 03 equipes voluntárias atuando simultaneamente nas Praias dos Molhes, Prainha e Praia da Cal. A ação ocorreu no último domingo (06/11), e na oportunidade Torres presenciou a sua   maior ação voluntária simultânea de limpeza de praia.

Essa ação contou com o apoio do SESC Torres, através do Grupo da Maturidade Ativa e da Prefeitura Municipal de Torres – com í s Secretarias de Obras e Meio Ambiente e Urbanismo, além de apoio de Rádios, Jornais e Sites. O resultado foi surpreendente! Mais de 150 voluntários dividiram-se pelas praias de Torres, recolhendo muito lixo que pairava sob í s areias e dunas. O resultado? Mais de 300kg de lixo retirado. Destacaram-se novamente como os piores resí­duos í s tampinhas plásticas de garrafas plásticas, vidros, isopor e muitas embalagens. Uma lata de refrigerante foi encontrada na Prainha com data de fabricação do ano de 1995! Provavelmente estava enterrada a pelo menos 20 anos nas areias.

 

Depoimentos e medidas pro futuro                                                                            

 

O Coordenador do Projeto Praia Limpa Torres, Alexis Sanson, comenta: Foi um grande desafio para o nosso Projeto planejar e executar essa ação emergencial, mas tí­nhamos certeza que terí­amos adesão da comunidade local, que de forma efetiva e voluntária demonstrou novamente seu comprometimento com Torres. O resultado foi surpreendente e só temos a agradecer a todos. Torres merece!. O facilitador do Grupo da Maturidade Ativa do SESC Torres, Anselmo Souza, fez questão de ressaltar o que motivou seus voluntários a participarem desta ação –  Quando perguntei (aos voluntários) a resposta foi unânime: AMOR,    esse é o sentimento que nos motivou, o AMOR por nossa cidade, que demonstra que juntos somos capazes de fazer a diferença!

í€ Geóloga da Prefeitura de Torres, Maria Elisabeth da Rocha, ainda informa: As fortes ondas produzidas pelo ciclone extratropical, ocorrido na última semana, causaram danos em algumas estruturas existentes na beira mar, como na praia da Cal, onde o calçadão foi parcialmente destruí­do, também os caminhos de concreto da Santinha e na Prainha. Nessa última, o fení´meno provocou erosão na porção gramada e rompimento, quebra, de tubulaçíµes de águas pluviais. Para o caso do Caminho da Santinha solicitamos í  Defesa Civil que proceda sua interdição temporária, até que sejam implantadas medidas de contenção da estrutura de concreto que se encontra bastante comprometida".

Agora, conforme salienta Maria Elisabeth, técnicos do municí­pio estão estudando formas razoáveis de intervenção, principalmente no que diz respeito í s estruturas artificiais existentes. "Quanto ao solo afetado, devemos levar em consideração que o próprio oceano reporá os sedimentos naturalmente e que qualquer ação de reposição desses, poderá ser inútil em curto prazo. Lembrando que os métodos de proteção costeira e, tentativas de reconstrução, agem de forma a mitigar temporariamente as consequências da erosão, não eliminando as causas do processo em si, que são fení´menos naturais.


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