TORRES AINDA NíO REGISTROU HOMICíDIOS EM 2017

24 de fevereiro de 2017

 

O Jornal A FOLHA conversou com o delegado Celso Alan Jaeger (foto) para fazer um balanço sobre o trabalho da polí­cia civil de Torres na temporada  

 

Por Guile Rocha

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Uma notí­cia que ajuda a tranquilizar o espí­rito de quem mora ou veraneia em Torres: nestes quase dois meses do ano de 2017, nenhum homicí­dio foi registrado junto a Polí­cia Civil da cidade. Foi o que informou o delegado titular de Torres, Celso Alan Jaeger. A estatí­stica nula de homicí­dios é um dado positivo quando comparamos com a realidade de outros municí­pios do Litoral Norte – como Capão da Canoa, Tramandaí­ e Cidreira –   cidades que já registraram mais de um assassinato neste começo de ano (época em que a população das cidades litorâneas aumenta expressivamente em decorrência da alta temporada) . Já em Torres, houve ‘apenas’ duas tentativas de homicí­dio em 2017 – mas os casos, felizmente, não levaram suas ví­timas ao óbito.

O delegado de Torres aproveitou a oportunidade para fazer um balanço das ocorrências relacionadas a homicí­dios na cidade. Conforme foi informado para A FOLHA, em 2014 foram 13 assassinatos consumados em Torres, além de outras 15 tentativas não consumadas. Em 2015 este número aumentou – havendo registro de 19 homicí­dios e outras 13 tentativas. Em 2016 o número voltou a baixar um pouco: foram 14 assassinatos registrados na Delegacia de Polí­cia e mais 17 tentativas de homicí­dio não consumadas.  Segundo Celso Alan Jaeger, as operaçíµes especiais e prisíµes realizadas pela Polí­cia Civil, no começo do ano passado, ajudaram a frear uma onda de assassinatos entre facçíµes que vinha ocorrendo em Torres, diminuindo também as estatí­sticas de homicí­dios.

Dos 14 registros de homicí­dio consumados na cidade de Torres em 2016, 6 tiveram os autores dos crimes identificados e apreendidos, e outros 8 continuam sem identificação. Já em relação as 17 tentativas de homicí­dio não consumadas no ano passado,   10 casos tiveram os autores dos disparos identificados e outros 7 continuam sem identificação. Ou seja: 54% dos casos de homicí­dios tentados e consumados em 2016 tiveram os autores identificados, conforme a Polí­cia Civil local.   Esta taxa de solução de homicí­dios é boa se comparada com a realidade nacional – onde ocorreram  mais de 58 mil assassinatos em 2015, por exemplo, com somente 8% dos casos tendo sidos solucionados (conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016).

 

Sobre outros tipos de ocorrência

 

Outra questão que preocupa cidadãos torrenses nestes últimos tempos são as ocorrências relacionadas a agressão sexual (estupros). Entretanto, conforme os números registrados na delegacia de Polí­cia de Torres, os números deste tipo de crime diminuí­ram na cidade. Enquanto foram registradas 13 ocorrências de agressão sexual/ estupro no ano de 2015, em 2016 o número caiu para 9 registros em Torres. Já nesse começo de 2017, houve 3 ocorrências de estupro na cidade. Além disso, vale ressaltar que, desde 2015, ocorreram outros 10 casos de agressíµes sexuais que ocorreram em outras cidades próximas, mas acabaram sendo registradas em Torres.

Em relação aos crimes de furto e roubo nesta temporada, os dados sobre estes não foram tabulados pela Polí­cia Civil de Torres até agora. Mas na avaliação de Jaeger, os números vem se mantendo numa média parecida com a do ano passado. E para o perí­odo do Carnaval que se aproxima, o delegado de Torres indica que a Polí­cia Civil terá um aumento do efetivo temporário, para melhor guarnecer a cidade (que passa por um aumento de população alto nos dias do Carnaval).

Quando questionamos o delegado de Torres sobre como vinha sendo a relação entre as polí­cias militar (responsável pelo policiamento ostensivo e preventivo, além de trabalhar na ação inicial na cena do crime) e civil (responsável pelas investigaçíµes) durante este perí­odo de veraneio, Jaeger afirmou que há uma boa interação e integração entre as duas polí­cias. "A Brigada Militar tem feito um belo trabalho neste veraneio, contando com um efetivo bom (que recebe incremento pela Operação Golfinho). Isso ajuda a manter a segurança na temporada", destacou o delegado, que explica que não houveram grandes operaçíµes da Polí­cia Civil este ano pelo simples fato de que não houve motivo para tal. "De certa forma, isto reflete numa tranquilidade ao turista daqui", conclui Celso Alan Jaeger.

 


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