VEREADORES IRíO AVALIAR LEGALIDADE DOS ARTISTAS DE SINALEIRA” EM TORRES

17 de fevereiro de 2017

Por Fausto Júnior

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Na última segunda-feira (13/2), uma reunião envolvendo vereadores de Torres, representante da Brigada Militar e lojistas que se sentem prejudicados questionou, publicamente, a legalidade da presença de pessoas trabalhando em sinaleiras (enquanto os veí­culos aguardam que o sinal verde apareça e autorize que sigam em frente). í‰ que os chamados artistas de semáforo estão mais uma vez trabalhando em Torres, nos cruzamentos da Avenida do Riacho e Rua Capaverde com a Avenida Castelo Branco. Em ambos, os semáforos são de três fases, demorados, consequentemente propí­cios para trabalhos nas esquinas, tanto para panfletagens quanto apresentação de pessoas (que pedem dinheiro em troca).

 

RISCOS PARA O CONCEITO DA CIDADE?

 

Os reclamantes, que receberam apoio de alguns vereadores – enquanto outros somente ouviam – denunciam riscos para pedestres, para o trânsito e para o que chamam de conceito turí­stico de Torres. Eles reclamam que pedestres estariam sendo assediados pelos artistas que pedem dinheiro quando estão reunidos na calçada, esperando o sinal fechar. Reclamam que os artistas estariam trocando de roupa e fazendo suas necessidades fisiológicas na calçada; e que estariam também sendo violentos em casos de motoristas e pedestres que negam retribuiçíµes. Pelo que foi dito na reunião, não se trata de comportamentos generalizados, mas alguns dos que ficam nas esquinas buscando dinheiro estariam fazendo estes exageros no ambiente coletivo, causando sensação de insegurança/constrangimento. O pessoal reclama que sai de suas cidades para ter paz e segurança por aqui, mas que está vendo nestes atos um risco de Torres estar igual a grandes centros textualiza uma reclamação de um dos lojistas incomodados.

 

LEI PROIBINDO ESTE TIPO DE TRABALHO

 

Um decreto-lei feito pelo poder executivo na cidade de Florianópolis acabou sendo um exemplo usado na reunião entre vereadores e lojistas. Conforme ideia colocada pelo grupo, poderia ser seguido para que a cidade de Torres tentasse regular estes movimentos de apresentaçíµes artí­sticas nas esquinas. Na lei, é expressamente proibida a apresentação ou qualquer intromissão entre os carros de movimentos de venda e apresentação artí­stica nas esquinas da cidade de Florianópolis.

O representante da Brigada Militar afirmou, na reunião, que os policiais não podem desrespeitar o direito de ir e vir dos cidadãos. Disse que nas esquinas pode até ter pessoas com passagem pela polí­cia, como alguns reclamam", mas que a BM "só pode deter pessoas que estão com pedido de prisão no sistema. Ou seja, a lei e os direitos humanos não estariam permitindo que a Brigada Militar interfira, pura e simplesmente, nas açíµes dos artistas de esquina.

Um vereador sugeriu que fosse avaliada a possibilidade de usar o Código Nacional de Trânsito para ver se, na lei, não haveria uma forma de desautorizar a presença de pessoas entre os veí­culos na sinaleira e, consequentemente, usar esta lei para terminar com as apresentaçíµes nas esquinas.   Mas a presidente da Câmara, vereadora Gisa Webber (PP) encerrou a reunião afirmando que iria acionar a assessoria jurí­dica da casa para avaliar o que os vereadores da poderiam fazer para ajudar a melhorar a ordem nas esquinas reclamadas pelos lojistas.

O grupo ficou de se reunir em breve para, se necessário, sugerir para o Poder Executivo que avalie a hipótese de redigir um Decreto Lei local, í  exemplo de Florianópolis.  


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