Novo ciclo do Cineclube Torres inicia com o filme “Smoke – Cortina de Fumaça”

O filme independente de Wayne Wang abre o ciclo de setembro nesta segunda (02), na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo (localizada na UP Idiomas Torres)

30 de agosto de 2024

Ultimamente a fumaça das queimadas tem ocupado quotidianamente os noticiários no Brasil, mas o fumo que é protagonista na programação de setembro do Cineclube Torres é de outro tipo.

O cigarro, junto com sua indústria, desde os albores da arte cinematográfica esteve ali presente como um elemento capaz de transmitir glamour e rebeldia, às vezes autêntica metáfora para a relação sexual, então proibida em cena. Mais recentemente, as campanhas antitabagistas conseguiram limitar a exposição do cigarro em filmes e quase sempre ele está associado a perspectivas negativas, a vilões e personagens conturbadas.

Longe de querer reabilitar o vício do fumo, pelo contrário, a ideia da programação do mês é uma sequência de filmes em que a presença do tabaco, do cigarro e similares, de uma forma ou de outra, assume particular relevância no enredo. Começando pelo filme independente “Smoke / Cortina de Fumaça” do Wayne Wang, diretor estadunidense originário de Hong Kong, em parceria com o celebre escritor Paul Auster, autor do roteiro a partir de alguns contos de sua autoria. O filme será transmitido segunda-feira dia 2 de setembro, às 20h, na Sala Gilda e Leonardo (UP Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Centro de Torres).

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada nas segundas feiraspelo Cineclube Torres –  associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

 

Sobre o filme

O centro da narrativa do filme é a tabacaria de Auggie Wren (Harvey Keitel), no Brooklyn, onde o escritor Paul Benjamin (William Hurt), autêntico alter ego do Paul Auster, compra regularmente seus cigarros. Naquele espaço, vários personagens se encontram, conversam, e a partir dali são traçados causos e acontecimentos de um verão nova-iorquino nos anos 90.

O filme, vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim de 1995, é mais um exemplo de uma produção cinematográfica independente realizada nos estados unidos, fora das lógicas dos grandes estúdios.

“Sustentado sobretudo na carismática atuação de Harvey Keitel e na criatividade literária de Paul Auster, é nesse curiosíssimo tom que Cortina de Fumaça se desenvolve — entre o humor, o drama, a farsa, a ternura, o absurdo, o poético, o prosaico — criando um laço de amizade em meio ao emaranhado de relações pessoais da vida urbana”. (Lucas Petry Bender, em www.personacinema.com.br)

 

 

 


Publicado em: Cultura






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