Novo Plano de Manejo deve flexibilizar o Uso Público do Parque Estadual de Itapeva

Parcerias Público-Privadas podem também acelerar investimentos de uso turístico do Parque

29 de janeiro de 2020

Na última reunião do Conselho do Meio Ambiente de Torres (Commam), realizada no dia 15 de janeiro, o gestor do Parque Estadual de Itapeva (Peva) Paulo Grübler, que faz parte do Conselho, fez uma apresentação da situação atual da Unidade de Conservação. E dentre algumas novidades anunciadas para o Peva – que surgiu em 2002 após decreto do então Governador do RS, Olívio Dutra – o novo Plano de Manejo do Parque foi anunciado. O documento está pronto, só faltando a formalização junto a Secretaria do Meio Ambiente do RS.

Conforme explicou Paulo Grübler, o documento veio para modernizar o Plano de Manejo inicial, feito basicamente em cima de legislação. E esta espécie de adequação vem justamente para emparelhar a legislação de manejo do Parque Itapeva com o Plano de Uso Público – documento que define como os seres humanos da sociedade podem utilizar o parque ambiental localizado em Torres, sem deixar de manter a preservação da Flora e Fauna. Segundo o gestor Paulo Grübler, os planos não “se conversavam” e, consequentemente, o uso projetado ficava engessado, sem que fosse feita sua real implementação – o que a partir de agora deve ser resolvido.

O PEVA tem cerca de 100 hectares, abrigando ambientes de dunas, vegetação de restinga, campos secos e alagados, banhados e turfeiras e Mata Paludosa (floresta formada sobre solos bastante úmidos) – bordeando a faixa de areia de 4 km junto ao marno sudeste de Torres.

Mirante no Morro do parque

O Plano de Uso Público do Parque Itapeva é abrangente. Ele prevê que haja uma edificação no morro da Unidade de Conservação, localizado na área do antigo Camping local (que foi desativado). Lá será instalado um mirante do parque e de seus arredores, um diferencial para o Turismo Ambiental do local, Este Mirante será juntado ás trilhas e outras atividades públicas previstas para serem permitidas – com critérios – dentro do PEVA.

Caso o governo do Estado do RS resolva fazer uma Parceria Público Privada do espaço, como anunciou em matéria nos últimos dias, a Concessão (não é privatização) deverá prever dentro das atividades contratuais as edificações e investimentos previstos no Plano de Uso Público. Ou seja: o espaço irá ser utilizado dentro dos paramentos de utilização (Plano de Uso) e dentro das regras do Plano de Manejo local, mesmo que o investimento e a conservação sejam ônus da empresa que será a concessionária da exploração do Parque Itapeva.

Regularização Fundiária já quase completa

A mesma apresentação do gestor do PEVA, Paulo Grübler, junto ao Conselho do Meio Ambiente de Torres anunciou que a Regularização Fundiária da área já está quase totalmente realizada. “Atualmente 97% da área já está sob domínio Público (Governo do RS), mesmo quando ainda existem questões sendo discutidas na justiça”, afirma Grübler.

Os recursos utilizados para acelerar o pagamento das indenizações das terras locais foram oriundos de compensações ambientais de empreendimentos diversos na região, principalmente da ampliação (duplicação) da BR 101. E a metodologia – sugerida pelos gestores do Peva, aceita pelos diretores da SEMA RS e implementada com sucesso – está servindo de modelo para regularização de vários outros parques pelo Brasil afora, como comemorou o diretor do Peva no final de sua apresentação.

 

 

 

 

 


Publicado em: Turismo






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