O desperdício de plástico é o desastre ambiental de 2019

Cientistas e especialistas alertam sobre a importância de práticas mais sustentáveis aplicadas no dia a dia, para reduzir os impactos no meio ambiente e garantir qualidade de vida para o planeta a longo prazo. E um dos grandes focos atualmente é a redução do uso do plástico.

Na costa italiana, baleia grávida foi encontrada morta com 22kg de plástico em seu estômago (foto: Época Negócios)
13 de abril de 2019

É apenas o começo de 2019 mas o meio ambiente já sofreu diversas vezes, tanto por ações humanas quanto por desastres naturais. Casos como o do ciclone que devastou Moçambique,  até a tragédia em Brumadinho, em janeiro deste ano, apenas três anos depois do incidente em Mariana, mostram que o planeta tem suportado com o descaso humano.

Por estas e outras razões, cientistas e especialistas alertam sobre a importância de práticas mais sustentáveis aplicadas no dia a dia, para reduzir os impactos no meio ambiente e garantir qualidade de vida para o planeta a longo prazo. E um dos grandes focos atualmente é a redução do uso do plástico.

Está comprovado que o plástico é um dos grandes vilões do meio ambiente na atualidade, principalmente quando se fala em poluição dos oceanos. Milhares de animais morrem diariamente sufocados, engasgados ou pela ingestão de plástico encontrado nos oceanos, como o caso mais recente da baleia encontrada morta na Itália, com mais de 20 kg de plástico no estômago.

 

Os problemas do uso do plástico no dia-a-dia

 

O maior problema é que resíduos plásticos podem ser encontrados em qualquer lugar do mundo, desde os mais remotos aos mais populosos, e seus impactos no ecossistema são gigantescos. Estudos mostram que o plástico demora cerca de 400 anos para se decompor. Nesse tempo, ele é degradado mas não desaparece. Ao invés disso, suas partes menores se disseminam com mais facilidade nos oceanos, por exemplo, e são mais facilmente ingeridas por animais.

Além disso, pesquisas recentes mostram que a poluição por plástico marinho custa ao mundo até US$ 2.5 bilhões por ano em recursos danificados e perdidos. Desde atividades recreativas, até atividade pesqueira, todos são afetados negativamente pela poluição, gerando prejuízos imensos.

Mais do que seu uso, a questão é como o descarte do plástico é feita. De todo o plástico utilizado e descartado, menos de 10% é devidamente reciclado. Todo o resto é jogado em aterros, muitas vezes superlotados, que acabam depositando esse lixo no mar. Especialistas indicam que se nada for feito, até 2050 haverá mais plástico do que peixes no oceano.

 

Soluções à vista

 

Em resposta a grande crise atual, muitos países tem tomado medidas fortes contra o plástico. A Comissão Europeia determinou a proibição do uso de artigos de plástico como canudos, cotonetes e outros até 2021. No Rio de Janeiro, o uso de canudos plásticos já é proibido, com punição de multa. Além disso, houve também o aumento de campanhas de conscientização da população para a redução do uso de plástico, além de alternativas a ele.

Todas essas questões são um grande alerta para a população a respeito da forma como o uso do plástico é feito no dia a dia e que medidas podem ser tomadas. É de extrema importância que haja redução da utilização de sacolas, canudos e outros objetos plásticos, bem como o descarte correto do lixo, para minimizar os estragos ao meio ambiente.


Publicado em: Meio Ambiente






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