O dia dos Namorados e seus causos

Seja qual for a razão para comemorar a data, o certo é que são muitas as histórias que referem-se ao surgimento deste dia dedicado ao romantismo.

12 de junho de 2020

O 12 de junho é Dia dos Namorados, dia que os casais fazem de tudo para caprichar no romantismo: floriculturas lotadas, bilhetes com recados carinhosos, perfumes, ursinhos de pelúcia, roupas novas, filas nos motéis… Há também aqueles que estão avulsos, que muitas vezes encontram uma festa de solteiros para tentar descolar uma casquinha de paixão na última hora. E sempre tem a turma do “nem ligo para isso”, feliz em contentar-se com o velho chavão antes só do que mal acompanhado. Mas seja qual for a razão para comemorar a data, o certo é que são muitas as histórias que referem-se ao surgimento de um dia dedicado ao romantismo.

 

Origens

 

É bem provável que  o mais remoto Dia dos Namorados tenha sua origem em um antigo festejo pré-romano, a Lupercália, festa anual celebrada em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pã (protetor da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade chicoteando as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade. No final do dia, as jovens depositavam seu nome numa urna. Cada solteiro sorteava um nome, que indicaria quem seria sua namorada pelo ano. Acredita-se que muitos pares acabaram se casando.

A Lupercália tinha características adotadas mais tarde nas festas de Carnaval, e caracterizava-se pela licenciosidade.Em 494, o Papa Gelásio I proibiu e condenou oficialmente essa festa como sendo pagã e, numa tentativa de cristianizá-la, substituiu-a pelo 14 de fevereiro, dedicado a São Valentim e atualmente Dia dos Namorados em boa parte do mundo.

 

São Valentim

 

São Valentim refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga, sendo um deles o responsável por uma romântica lenda,transmitida oralmente(mas nunca realmente confirmada). Diz-se que, durante o governo do imperador Cláudio II, foi proibida a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército, de homens sem famílias e sem nada a perder. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim, e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta, e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que ainda havia gente que acreditava no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Astérias, filha do carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. Mesmo tido como santo pelo suposto milagre, ele foi executado em 14 de fevereiro.

 

No Brasil

 

No Brasil, o Dia dos Namorados é comemorado no dia 12 de junho, e suas origens exatas são inconclusivas. A história mais aceita diz que o Dia dos Namorados foi introduzido no Brasil em 1950 pelo publicitário João Dória, que criou um slogan de apelo comercial para a marca Clíper, com os dizeres “não é só com beijos que se prova o amor”. A intenção de Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine’s Day, e é provável que o 12 de junho tenha sido a data escolhida porque representava uma época de fraco desempenho comercial, com o feriado sendo responsável por uma intensificação na venda de presentes. A idéia funcionou tão bem para os comerciantes que, desde aquela época, o Brasil inteiro comemora anualmente a data. Outra versão explica a razão da data por ser véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, comemorado no dia 13 de junho.


Publicado em: Educação






Veja Também





Links Patrocinados