Oposição começa atacar temas “de fundo” da prefeitura de Torres

Saúde e Coleta de Lixo entraram nas críticas dos vereadores Tubarão (e) e Gimi (d) na sessão da Câmara

28 de abril de 2017

Após completar os 100 dias no poder, o governo Carlos Souza começa a dar explicações e justificar sobre a situação real (e com déficit financeiro) em que recebeu a prefeitura de Torres, embora muitos secretários atuais tenham sido os mesmos que estavam na gestão anterior (Nílvia Pereira). Mas o governo também começa, agora, a receber críticas no que pode se chamar temas “de fundo” na responsabilidade do governo municipal. Na última sessão da Câmara, realizada na segunda-feira (24/4), dois vereadores do PMDB – principal partido de oposição ao atual governo – soltaram o verbo contra a situação da Saúde Pública e contra o sistema de coleta e descarte de lixo em Torres.

 

No Lixo, Tubarão afirma que vai “a fundo” na investigação.

 

O vereador Carlos Monteiro, o Tubarão (PMDB), em seu discurso de tribuna na sessão atacou várias coisas. Mas o que mais trouxe dados em seu pronunciamento foi sobre a medição do lixo recolhido em Torres – e o preço pago para a empresa que atua na coleta e descarte dos resíduos sólidos em na cidade. Pelos dados levantados por Tubarão, a prefeitura gasta R$ 4 milhões por ano para pagar o recolhimento e descarte do lixo, o que daria R$ 340 mil/mês. Mas pelos cálculos do vereador,este valor é muito alto para a captação real de lixo que se vê na cidade. Tubarão  pensa, ainda, que é baixo o número de caminhões para recolher os resíduos no município.

O vereador ainda fez acusação uma acusação séria: “Já vi vários problemas na pesagem de lixo e já denunciei aqui na Câmara. Mas agora descobri que o lixo da cidade de Praia Grande, por exemplo, vem parar aqui em Torres para servir os empreendedores da reciclagem, que querem mais lixo reciclável para seu empreendimento. Mas o restante, o lixo orgânico (não reciclável) é pesado e enviado para os lixões como lixo de Torres”, denunciou o vereador (que, entretanto, não apresentar provas concretas sobre o caso).  “Não dá para Torres sempre ser a teta que outros municípios do entorno usam para se beneficiar. Vou entrar mais a fundo nesta questão e tenho certeza que vamos descobrir muita coisa mais, me aguardem”, exclamou Tubarão.

 

Na Saúde, vereador Gimi chega a ironizar o sistema

 

Já o vereador Gimi (PMDB) atacou de forma contundente o sistema de Saúde Pública de Torres – e mais contundentemente ainda a qualidade da gestão na secretaria. Ele ironizou, dizendo que “a situação atual é tão precária que o trabalho que o ex-vereador Tenora faz, com seus conhecimentos na área para conseguir consultas e vagas em hospitais na capital, é mais eficiente do que o realizado pela prefeitura de Torres nesta área (consultas de especialistas e leitos em hospital)”.

Gimi pegou este exemplo de falta de gestão na Saúde Pública e também criticou a interpretação da utilização de verbas no Parque da Guarita, que citou como outro exemplo de falta de capacidade administrativa na gestão da coisa pública em Torres. É que o pessoal que atualmente trabalha no Parque da Guarita teria respondido um pedido de informação sobre o mesmo. Este pedido requeria informações sobre os gastos com funcionários no Parque.  E o responsável pelo Parque da Guarita afirmou que o gasto com pessoal teria terminado no período atual (se comparado ao anterior) porque a contratação foi terceirizada no setor. Para Gimi, isso é um erro. “Continuaram os gastos e até aumentaram em relação ao período anterior. Mas com empresa terceirizada, o que confunde o gestor quando pede informação como fiz, e tira a capacidade de analise para a gestão”, criticou o vereador


Publicado em: Política






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