Nos próximos cinco anos, 22 organizações socioambientais da América Latina que fazem parte da Rede Terra do Futuro, desenvolverão em seus territórios um programa debatido em Torres, entre 22 e 26 de maio, para construir modos de vida sustentáveis. O tema definido em assembleia deverá fortalecer principalmente a agroecologia, com referências no trabalho realizado pelas famílias agricultoras, seus grupos e associações, bem como na organização de consumidores.
Segundo o presidente do Instituto de Ecologia Política (Chile), Manuel Baquedano, os modos de vida autossustentáveis, a exemplo dos sistemas agroecológicos, terão mais resiliência frente às mudanças climáticas e à crise energética. “Para os agricultores que vimos hoje, não faz diferença nenhuma se há ou não petróleo. Eles têm seus alimentos, sua água, nada lhes falta”, pontuou o sociólogo, sobre a visita a propriedades de três famílias da região.
Delegação visitou a cooperativa de consumidores
Além das propriedades rurais, o grupo de 24 delegadas e delegados do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Guatemala, Uruguai, Paraguai e Suécia também visitou a Cooperativa de Consumidores Ecotorres e foi recebida para um jantar preparado na comunidade de Morro Azul, em Três Cachoeiras. Sobre a alimentação orgânica dos cinco dias do evento, o representante da organização Kawsay Bolívia observou que “o principio do bem viver, da natureza está muito relacionado ao bem-estar das pessoas. A alimentação é um aspecto, complexo, o que comes, como come, o que consomes”.
A Rede Terra do Futuro é integrada por aproximadamente 50 organizações da América Latina, Ásia e Suécia. Em 2018 completará 30 anos de fundação. A Assembleia da Rede Latino-americana da Terra do Futuro foi organizada pela própria rede, com Centro Ecológico e Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap).