Na manhã desta segunda-feira, dia 4 de março, apareceu nas redes sociais uma carta assinada pela executiva do PDT de Torres e encaminhada para a executiva do Progressistas (antigo PP – governo Carlos Souza) onde a agremiação brizolista comunica a SAÍDA da coligação eleita à época com PP, PDT, PTB, Rede, PT e PSB. A alegação do PDT para resolver sair do governo foi “falta de reconhecimento da prefeitura no poder ao seu trabalho e a seu quadro de nomes para governar”, com reclames de o partido principal (Progressista) não ter cumprido a cota de participação na administração executiva do governo prometida em campanha.
Da eleição em 2016, não tinha havido, ainda, mudanças na configuração da coligação, unida para governar e unida na base de apoio na Câmara de Vereadores. Mas houve mudanças em partidos, por exemplo: 1 – A saída do vice-prefeito Fábio Amoreti do PDT – mantendo-se vice por ser diplomado; 2 – a entrada do ex-candidato à vice pelo MDB no PDT, o jovem Carlos Freitas (o CDV), são exemplos. E todos no PDT, partido que acabou protagonizando a primeira baixa inteira da coligação.
Novo secretário de Turismo
Neste final de semana passado, no dia 1º de março, informações de bastidores (mas com documentos) informam também a saída do secretário Mateus Junges da secretaria de Turismo do governo Carlos Souza na prefeitura de Torres. Ele já teria sido substituído formalmente pelo publicitário e ex-assessor de Marketing do governo Carlos, Fernando Neri.
O PDT tem no governo o suplente de vereador Silvano Borja como secretário de Administração. E nesta semana o prefeito Carlos Souza provavelmente irá explicar formalmente o que ocorrerá com este profissional pedetista (se sai ou se fica), assim como poderá explicar o endereço do ex-secretário Junges, que representa a Rede Sustentabilidade e o voto do vereador Ernando Elias na Câmara como da base governista, podendo virar caso não haja acordo com a saída de Mateus da secretaria ou do governo (se sair).
Com a saída do PDT da base, a oposição na Câmara de Vereadores agora é formada de quatro votos do MDB (embora o vereador Jacques tenha votado com o governo) e agora três votos livres: um do PRB (Pardal) e dois do PDT (Rogerinho e Dê Goulart). A vereadora Gisa Webber, embora do Progressistas, também tem se colocado de forma independente.
Estes sete (ou oito) votos ganham qualquer embate na Câmara. Portanto, o governo Carlos pode estar prestes a não ter mais maioria na casa legislativa, pelo menos formal. Isto indica também que pode estar se desenhando novas coligações partidárias para governar a prefeitura e consequentemente novas configurações políticas, nas secretarias e na base governista na câmara.