Plano Diretor de Torres foi “case” apresentado em encontro estadual de Entidades de Classe

Importante evento, XVII EESEC trouxe engenheiros, agrônomos e representantes de 55 entidades de classe vinculados ao CREA para Torres

29 de setembro de 2017

Promovido pelo CREA-RS em conjunto com o Colégio de Entidades Regionais do Rio Grande do Sul (CDER-RS) e a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral (Asenart), aconteceu aqui em Torres, no Hotel Encantos, o XVII EESEC, na quinta-feira, sexta-feira e sábado passados, dias 21, 22 e 23 de setembro. No tradicional encontro, representantes de 55 entidades de classe inscritas no CREA (Conselho Regional de Engenheiros) gaúcho em todo o Estado se reuniram para discutirem temas de interesse das associações, entre eles os aspectos legais e procedimentos adotados nas Chamadas Públicas do CREA-RS. Ainda nesta edição foram eleitos os coordenadores Estadual e Adjunto do Colégio de Entidades Regionais (CDER), com mandato de dois anos.

Salientando que o evento “busca melhorar a experiências sobre projetos de valorização e capacitação profissional das atividades na área tecnológica”, o torrense e anfitrião Guilherme Carnizella Ribeiro – presidente da Asenart e  coordenador do grupo de trabalho que organizou o XVII EESEC -agradeceu em seu discurso a forte presença de engenheiros, agrônomos e arquitetos, e aproveitou para falar sobre a consolidação das entidades de classe e da necessidade de todas saírem de sua zona de conforto e buscarem a autossustentabilidade, “com novas estratégias para a conquista da representatividade”. O também torrense Engenheiro Civil Cassiano Machado da Silva, ressaltou que em Torres existe grande parceria entre a Inspetoria e as entidades locais, destacando ainda o trabalho de renovação das lideranças no Litoral.

Presente na abertura do evento, o prefeito de Torres, Carlos Souza, ressaltou a atividade dos profissionais da Engenharia e Agronomia em benefício de uma cidade mais organizada. “Temos contado com a participação das entidades daqui nas discussões do Plano Diretor, elaborado considerando a questão da sustentabilidade do entorno”, destacou. Reforçou que o poder público é parceiro no diálogo para melhoria da fiscalização e desta maneira garantir a segurança da sociedade. “Torres, capital brasileira do balonismo, é anfitriã do encontro. Assim, desejamos que os debates sejam ricos e produzam outras perspectivas para as atividades desenvolvidas pelos profissionais”, concluiu.

 

Plano Diretor de Torres em debate como exemplo

 

No sábado, dia 23/9, o engenheiro civil torrense Marco António Machado foi palestrante no XVII EESEC. Ele apresentou o que se chama “case” de Torres para dar exemplo aos participantes da complexidade de um Plano Diretor Urbano no ambiente de cidadania municipal. Consequentemente, falou da importância da participação de profissionais registrados no CREA neste tipo de projetos, mesmo sendo o Plano Diretor uma atribuição legal das prefeituras e das Câmaras de vereadores locais.

Marco Antônio Machado contou a história da confecção do primeiro Plano Diretor de Torres, elaborado em 1995 e do qual foi partícipe. O documento iluminou (e ainda ilumina) o perfil do desenvolvimento da construção civil e ambiente da cidade. Falou a seguir sobre erros e desmandos no processo de revisão do Plano Diretor local. Para Machado este é o motivo de até agora a cidade não ter conseguido aprovar a revisão do documento, mais de 10 anos defasado.  “O que quero salientar é que os técnicos que fazem a base das revisões dos Planos Diretores nos municípios, em nossa avaliação, devem ser pessoas que moram e sobrevivem justamente daqueles municípios onde eles estão planejando seu desenvolvimento urbano”, afirmou Marco Antônio. “Aqui em Torres as inserções de profissionais de fora (como de Rio Grande na década de 1990) e de professores da UFRGS (como tentaram há alguns anos) mostraram que quem não conhece as peculiaridades geográficas e culturais locais não acerta nem de perto os planos para os municípios”, alertou Machado, que por outro lado comemorou que a Câmara de Vereadores de Torres já se comprometeu em entregar para os técnicos torrenses cadastrados no sistema a tarefa de ajustar o documento, que vai entrar em discussão na casa legislativa local antes de ele ser votado.

 

Carta de Torres e nova coordenação

 

No último dia do evento, foi eleita a nova coordenação do Colégio Estadual de Entidades de Classe (CDER 2018/2019) Com Andrea da Rocha, de Santa Cruz do Sul (AEAVARP) e Lulo Corrêa, de Alegrete  (AEAA). Também foi aprovada a Carta de Torres, dando aval para decisões de classe tomadas no encontro. Conforme o CREA-RS, “os representantes voltam para suas cidades com a certeza de que as suas profissões podem contribuir com uma cidade mais organizada, pois no conhecimento técnico da área tecnológica estão as soluções para várias demandas urbanas e rurais.

 

 

 


Publicado em: Economia






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