Polícia Federal realiza operação contra crimes licitatórios na Prefeitura de Torres

Operação Quia Prius investiga supostos crimes licitatórios e desvio de recursos públicos na prefeitura da cidade. Em entrevista à rádio Maristela ainda de manhã, prefeito Carlos diz "estar tranquilo e que se trata de um contrato que já encerrou faz tempo"

FOTO - Divulgação/ Polícia Federal
4 de dezembro de 2024

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (4), a Operação Quia Prius, que investiga supostos crimes licitatórios e desvio de recursos públicos na prefeitura de Torres, no Litoral Norte gaúcho.

Cerca de 40 policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão em Torres, Xangri-lá, Arroio do Sal, Porto Alegre, São Leopoldo e Balneário Camboriú (SC).

Também foram cumpridas as determinações judiciais de bloqueio de valores em contas bancárias e aplicações financeiras até o limite aproximado de R$ 760 mil e apreensão de veículos com valores superiores a R$ 100 mil, além de bloqueio de direitos sobre alguns imóveis de luxo. Não houve prisões.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, tendo em vista que um dos investigados detém foro por prerrogativa de função.

 

Investigação

 

A investigação começou após indícios de irregularidades constatados durante a adesão, pela prefeitura de Torres, a uma ata de registro de preços de outra prefeitura, a qual teria resultado na contratação, por ambas os municípios, de uma mesma empresa relacionada a serviços médicos.

As irregularidades, que teriam começado na contratação, passariam ainda pelo sobrepreço dos serviços contratados e fragilidade na fiscalização. Conforme a PF, a principal empresa investigada, após encerrar o primeiro contrato com a prefeitura de Torres, foi novamente contratada por dispensa de licitação.

“Outras empresas, que apresentaram preços mais baixos, desistiram da disputa, de forma suspeita, afirmando não terem condições de prestar os referidos serviços”, explicou a corporação.

 

Prefeito  diz estar tranquilo

Em entrevista para a Rádio Maristela, realizada ainda na manhã de quarta (04) por telefone e em de sua casa, o prefeito de Torres, Carlos Souza,  afirmou que  a Polícia Federal foi à sua residência realizar o trabalho de praxe destes casos. Que  levou um telefone celular e um veículo que estava em seu nome, e mais nada que pudesse servir para o serviço da PF.

Carlos disse que “se tratava de uma investigação sobre um contrato que já estava encerrado a muito tempo”,  de  uma contratação de médicos para suprir as fortes demandas que existiam em 2017 no sistema de Saúde municipal (referente a falta de médicos), de forma urgente por conta da, conforme sua informação “gravidade da falta dos profissionais em Torres quando assumiu a prefeitura naquele ano”. E o prefeito disse que estava tranquilo, que iria aguardar esclarecimentos feitos por um advogado constituído por ele sobre o teor real das investigações. Mas Carlos ressaltou  que sua consciência “estava tranquila” e que iria continuar seu trabalho e encerrar seu mandato de oito anos à frente da Prefeitura, efetivando a realização dos eventos de Natal e do Réveillon, ainda como titular da Cadeira Maior da municipalidade torrense.

 

 


Publicado em: Policial






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