Possibilidade de construção de um presídio em Torres gerou polêmica na cidade

Prefeitura de Torres informou em nota que não foi consultada sobre projeto de segurança pública

26 de março de 2018

Na sessão da Câmara de Torres realizada na segunda-feira, dia 19 de março, o vereador Gimi (MDB) trouxe a tona um assunto que havia sido debatido como tema polêmico na semana anterior. É que uma publicação, de uma pessoa ligada a politica partidária torrense, colocou em sua página na rede social que estaria sendo planejada,  de forma silenciosa, a construção de uma unidade prisional de detenção no regime semiaberto em Torres. Ventilado, o asunto acabou gerando debates agudos, o que fez com que a prefeitura de Torres publicasse um comunicado, no qual a municipalidade se isentou de qualquer envolvimento neste projeto citado na rede social, dizendo não ter sido consultada.

Processo estaria sendo avaliado pelo governo do RS

Mas a informação estava correta. Pelo menos conforme afirmou o vereador Gimi em seu espaço de tribuna. Conforme o edil, “os Juízes e promotores da região não sabem mais como fazer em suas demandas por vagas masculinas em presídios, contando com a situação atual que oferece somente unidade de Osório”. E por isto, conforme disse Gimi, “o poder executivo gaúcho (governo do Estado do RS) estaria, sim, avaliando onde poderia ser construído um presídio semiaberto no Litoral Norte”.
O vereador não opinou sobre o projeto. Somente informou o que sabia, pois ele é do MDB – o mesmo partido do governo Sartori – e está em contato com a secretaria de Segurança Estadual rotineiramente, para verificar demandas para Torres e região.

Assunto recorrente

O assunto é recorrente. No final da década passada, quando da interdição do presídio localizado em Torres pelo poder judiciário – por conta do estado deplorável que estava (ainda quando era masculino e dividido em vagas para penas em regime fechado e semiaberto) – já havia a ideia de construir uma nova unidade de um presídio moderno no município. Na época, houve também debates acalorados, onde um grupo de políticos de Torres não concordava com a proposta vinda do governo estadual. Mas, em contrapartida, existia outro grupo de políticos que apoiava o processo.
Em síntese, os críticos reclamavam (e, parece, ainda reclamam) que o tipo de pessoas que a cidade receberia, por conta das famílias dos apenados, não criaria fatores favoráveis para uma cidade turística. Já os que defendiam a construção de um presídio diziam que a iniciativa poderia aumentar a eficácia da ressocialização dos apenados, que pagariam a pena (objetivo do sistema prisional) mais perto de suas famílias e, ainda, gerariam emprego e renda pelas necessárias atividades econômicas exigidas para sustentar o funcionamento da atividade da unidade prisional.


Publicado em: Política






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