Prefeitura de Torres comunica sobre possibilidade de mortandade de tilápias na Lagoa do Violão

Na segunda-feira (17 de junho), a Prefeitura recebeu informações sobre a presença de alguns peixes que estariam se debatendo na Lagoa do Violão. Ao averiguar a situação, constatou-se a ocorrência de alguns animais em comportamento de permanência na superfície, o que pode representar uma busca por oxigênio.

FOTO DE ARQUIVO: Mortandade de tilápias na Lagoa do Violão em 2019
17 de junho de 2024

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo (SMMAURB) está monitorando os peixes na Lagoa do Violão. Nesta segunda-feira, 17 de junho, a Prefeitura recebeu informações sobre a presença de alguns peixes que estariam se debatendo na Lagoa do Violão. Ao averiguar a situação, constatou-se a ocorrência de alguns animais em comportamento de permanência na superfície, o que pode representar uma busca por oxigênio. A princípio todos seriam indivíduos da espécie tilápia.

A tilápia é uma espécie exótica que se adaptou ao sistema lagunar e vem aumentando sua população constantemente, porém existem diversas relações que podem ser negativas ao ambiente pela presença destes animais. A falta de predação em níveis que pudessem controlar o crescimento populacional, a característica de predadora voraz que acaba comprometendo a diversidade de peixes nativos, e, ainda com isto chegando a ápices populacionais.

Frente a isto, é comum que ocorram eventos de mortandade, pois em sistema de superpopulação é uma tendência natural. Esta espécie também sofre quando a água apresenta baixas temperaturas.

 

Aumento de matéria orgânica e falta de oxigenação

“O último evento de mortandade ocorreu em 2021 (outro evento do tipo ocorreu em 2019), e tudo indica que após esta baixa populacional, possamos chegar a um outro pico de ocorrência e consequente mortandade em massa”, afirma a SMMAURB, que continua: “A questão relacionada à falta de oxigenação na coluna d’ água deve estar relacionada às intensas chuvas, que carreiam matéria orgânica e lavam as vias com óleos de veículos diretamente para a Lagoa, somados ao transbordamento de drenagem pluvial que se mistura a esgotos e adentram a Lagoa, o aumento da turbulência pode desprender lodo do fundo, tudo isto e mais carga de dejetos permanente gerada pela fauna que vive no local, geram um ambiente onde ocorre aumento significativo de matéria orgânica na coluna d´água e perda intensa de oxigênio, sendo os peixes atingidos por respirarem por meio do oxigênio dissolvido na água”.

Segundo análise de técnicos da municipalidade torrense, ao longo dos dias poderá ou não haver uma renovação de oxigênio, diante disto a situação seguirá sendo monitorada, mas podemos nos deparar com uma condição de mortandade destes animais.


Publicado em: Meio Ambiente






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