Presidente do Simers visita redação de A FOLHA e aponta problemas no Pronto Atendimento 24h de Saúde em Torres

Sindicato se mostra preocupado com o "baixo número de médicos perto da enorme demanda que surge na cidade em decorrência da temporada de veraneio"

18 de dezembro de 2017

Buscando alertar a população sobre o que considera um “atendimento falho nos serviços de saúde em Torres”, a presidente do Simers (Sindicato Médico do RS),Dra. Gisele Rodrigues Lobato, esteve visitando a redação do Jornal A FOLHA na última quinta-feira (14). O sindicato se mostra preocupado com a situação do Pronto Atendimento 24h na cidade, que estaria amparada por “poucos profissionais perto da enorme demanda que surge na cidade em decorrência da temporada de veraneio”.

Conforme ressalta Lobato, há atualmente apenas 2 médicos 24 horas no PA de Torres, e um médico 12 horas… ou seja: durante o dia três médicos, e a noite apenas dois no local. “Estes foram contratados pela terceirização, para ficarem fixos no posto no Pronto Atendimento de Torres. E é só o que há no momento, para uma demanda que logo será muito maior. Até onde fomos informados, em pleno Réveillon será mantido apenas esta quantidade de médicos fixos no PA 24 horas, nem um plano especial nos foi passado este período. No mínimo deveriam haver 5 médicos (ou seja, mais dois) para suprir as necessidades básicas da unidade de saúde nessa época”.

Segundo a presidente do Simers, a entidade vêm tentando estabelecer um diálogo mais profícuo com o prefeito de Torres, Carlos Souza, “mas este sempre apresenta dificuldades em nos encaixar em sua agenda, por mais que tenhamos insistido várias vezes”. Para o sindicato, não corresponde com a realidade a afirmação do prefeito que “a situação do Pronto Atendimento 24h  em Torres está resolvida (após o anúncio, pela municipalidade, de atendimento de especialidades médicas – como cardiologia, pediatria e psiquiatria – que vinham apresentando carências no local) .

” A população não está bem atendida. Queremos que seja tomada a medida devida. Já vínhamos destacando a tempo a demora no tempo de realização e análise dos exames (Raio x demoravam três meses, ecografia um ano). Denunciamos situações onde não havia médico capaz para fazer interpretação dos eletrocardiograma, exames que tinham que ser mandar pra Osório. Por um período o local chegou a ficar sem pediatras, que deveriam estar muito presentes no Pronto Atendimento “, avaliou Lobato. Ela ainda relatou que, no Outubro Rosa, houve várias ações de diagnostico de câncer de útero e mama em Torres. “Fomos informados que os exames foram pra Osório, e de lá para Porto Alegre, sendo que chega a demorar 4 meses para retornarem. Isso é inadmissível, dada a relativa simplicidade do exame”.

 

Aumento da demanda no verão é o que preocupa

 

A presidente do sindicato indica que há demanda muito grande por vários tipos de serviço de saúde, mas falta pessoal. “E cremos que, mesmo com a terceirização, os problemas continuarão, principalmente na alta temporada. O número de médicos não é proporcional a demanda. Não adianta manter o mesmo número de médicos se a proporção da população vai aumentar. A gestão da saúde foi transferida, entretanto os problemas de excesso de demanda por serviço continuará”. O jornal A FOLHA questionou sobre a   possível vinda de médicos extras, enviados pelo Governo do RS para o veraneio (como já ocorreu em outros anos), mas o Simers ainda não havia sido informado sobre tal medida.

“Não estamos exigindo aumento do salário dos médicos, nem intenção de fazer uma espécie de guerra contra a gestão da prefeitura. mas sim preocupação com o atendimento básico, que não vai ser suprido com o fato de ser terceirizado”, finalizou Gisele Rodrigues Lobato.

 

 


Publicado em: Saúde






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