Prioridades e ideologias em tempos de pandemia são diferentes

Em discursos na Câmara, Vereadores citam rumos diferentes que podem ou poderiam ser tomados pelas administrações municipais, mostrando que existem opções

Vereadores têm posições tomadas por rumos diferenciados de suas ideologias políticas
16 de maio de 2020

Na sessão da Câmara Municipal de Torres desta segunda-feira (11), posicionamentos de tribuna deram conta que existem, sim, diferenças entre caminhos a serem utilizados na administração pública. O que explica o âmago da democracia de Estado de Direto e livre expressão.

O vereador Pardal (Republicanos), por exemplo, em seu pronunciamento disse que os problemas reclamados por vereadores quanto a falta de qualidade no atendimento de Saúde púbica seriam, para ele, o resultado de uma decisão do Governo Carlos Sousa. Para Pardal, se as praias do Sul de Torres não estão sendo atendidas com médicos, (questão reclamada por vereadores na sessão), se trata de uma decisão do governo Carlos Sousa de não priorizar a Saúde das Praias do Sul. O vereador se promoveu afirmando que ele, quando estava na posição de vice-prefeito, priorizou cobrir 100% de atendimento de saúde da Família no município.

Já o vereador Jeferson (PTB), de certa forma confrontou o mesmo Governo Carlos Souza, mas por outro lado. Como o prefeito de Torres tem optado por acompanhar as decisões do governador Eduardo Leite – não flexibilizando mais as medidas de contenção à circulação do Coronavírus –  Jéferson disse que, para ele, a cidade deveria observar a decisão de outros prefeitos gaúchos, que por sua vez estariam optando por abrir mais a economia, ouvindo a sugestão do presidente Jair Bolsonaro. O vereador citou o fato de terem negócios que estariam quebrando em Torres como exemplo de necessidade de mais abertura das medidas de contenção. E citou o desemprego e a fome como ‘resultado deste resultado’, que para Jéferson estaria se transformando em realidade na cidade caso não haja mudanças.

 

Obediência à regra e defesa do governo

 

A seguir, o vereador Rogerinho (Progressistas) fez um discurso central. Ao defender o governo Carlos Souza dos questionamentos feitos por colegas da oposição, ele explicou para o vereador Jeferson, por exemplo, que as medidas sobre o decreto do governo Leite seriam obrigatórias para o prefeito Carlos Souza. “Os prefeitos podem aumentar as medidas de isolamento, mas não podem diminuir”. Rogerinho, inclusive, acha que não precisaria sequer ter fechado o comércio como foi feito nos primeiros 30 dias do período de exceção. Para ele, o vírus continua aí, o comércio está aberto e não há diferença deste período atual do anterior para Rogerinho.

O vereador aconselhou as pessoas para que se cuidem individualmente, mas sugeriu que por outro lado “vivam sem assimilar o pânico implantado por esta doença”.  E com esta opinião explicou melhor a falta de autonomia que os prefeitos teriam sobre as decisões estaduais.


Publicado em: Política






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