Programa de apoio a segurança e saúde psicológica no ambiente escolar é apresentado na Câmara de Torres

Direções de Escolas e Ministério Público vão definir projetos a serem implantados no ambiente escolar - e o Prosais é uma das possibilidades

Roberto Neto é o idealizador do “Prosais”, que concorre com outros projetos para serem implementados
24 de junho de 2019

Esteve participando da Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Torres, o policial aposentado da Brigada Militar, Roberto Barbosa Ribas Neto.  Ele foi convidado pela Casa Legislativa para apresentar um projeto para possível implantação nas escolas da cidade, projeto este chamado Programa de Segurança e Apoio à Escola (Prosais) – que o próprio Roberto já implantou e coordenou em Caxias do Sul.

Conforme seu pronunciamento, o Ministério Público (MP) da comarca de Torres já sugeriu para diretores de escolas da cidade e da região do Litoral Norte (onde a Comarca tem jurisdição) para que utilizem o programa nas escolas. É que anualmente o MP se reúne com dirigentes de escolas da região para saber como estão as ações paralelas nas instituições educacionais para atacar problemas paralelos ao ensino – como a segurança dos estabelecimentos, o combate à evasão escolar (por conta de problemas familiares com os jovens) dentre outros. E esta reunião inicial aconteceu em Torres no início deste mês, onde o promotor Marcelo Simões avaliou o programa (dentre outros apresentados) e, de certa forma, o chancelou como um dos instrumentos que podem ser utilizado nos estabelecimentos escolares da região. O objetivo é que sirva justamente como um programa para melhorar a segurança nas escolas e apoiar a organização moral, cívica e comportamental dos colégios.

 

 Alunos cooperando em nome da melhor convivência

 

Em visita ao jornal A FOLHA, o idealizador do Prosais, Roberto Ribas Neto, explicou o funcionamento do programa, e também falou como está o projeto de implementação no ambiente escolar da cidade e região. O trabalho cria uma espécie de “entidade organizada” dentro das escolas, onde os alunos são os membros (a escolha é livre dentre eles, de querer ou não participar). O grupo de adolescentes, em princípio cursando a escola entre o 6º e 9º ano, tem objetivo de trabalhar como uma entidade de apoio à saúde do ambiente escolar.

O grupo, que é orientado pelo gestor do programa e por alguns professores da escola, trabalha dentre outros enfoques em três eixos:

 

1 – No acolhimento de alunos identificados pelo grupo (e dirigentes) como pessoas que estão se sentindo marginalizadas no ambiente escolar, visando entender o que está por trás desta postura ou sensação do aluno e trabalhando para reintegrar o mesmo no ambiente escolar. Caso de alunos que sofrem “bullyng”, de alunos que estão com problemas familiares em casa ou até casos de simples características de depressão ou “vergonha” estão incluídos na lista de possibilidades. O grupo faz a abordagem do aluno como parte do programa, e então em cooperação tentam  devolver ao colega a segurança para estudar e conviver no ambiente escolar. Isto também exercita a capacidade de liderança e coleguismo (ou patriotismo) nos membros do grupo.

 

2 – Implantar novas ideias nas escolas para melhorar o aprendizado e, principalmente, auxiliar os estudantes a conviverem em sociedade, tanto dentro do ambiente escolar como em seu bairro ou cidade. Construção de canchas de esportes, de áreas de lazer e locais de estudo em grupo são alguns dentre vários exemplos citados pelo programa.

 

3 – Cuidar e trabalhar por uma boa manutenção do patrimônio escolar (uso coletivo), sugerindo ajustes no sistema de uso – bem como formas de terminar com o mau uso ou depredação de equipamentos (como banheiros, canchas, pátio, cantinas e etc).

 

Concorrência com outros programas

 

Conforme Roberto Ribas Neto, nos próximos dias deverá haver outra reunião entre Ministério Público, Dirigentes escolares e das Secretarias de Educação locais, para avaliar quais os programas que podem ser colocados em ação nas escolas, programas que serviriam  para apoio transversal ao ambiente e a segurança nas instituições de ensino. Estão sendo avaliados -além do Prosais –  outros dois projetos como alternativas às demandas de programas escolares na região:

 

1 – A implantação das Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e a Violência Escolar (Cipave) – um projeto criado e implantado dentro da Secretaria de Educação do Estado do RS e utilizado já em alguns estabelecimentos do estado.

2 – A alteração nos regimentos internos nas escolas.

 

O idealizador do Prosais, uma terceira alternativa (a qual já é apoiada pelo promotor Marcelo Simões), no entanto, sugere que possa haver uma espécie de Plano Piloto de seu projeto em uma escola, juntamente com a implantação (piloto ou não) em outras.

 

*Editado por Guile Rocha

 

 

 

 

 


Publicado em: Educação






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