O gabinete do vereador Gibraltar Vidal, o Gimi (MDB) protocolou na Câmara de Torres um projeto de lei que busca a PROIBIÇÃO da comercialização de CANUDOS PLÁSTICOS dentro do município de Torres. Conforme informa o vereador para a imprensa, o PL quer erradicar o fornecimento de canudos – feitos de material plástico – aos clientes de hotéis, restaurantes, bares, quiosques, casas noturnas, dentre outros estabelecimentos comerciais que utilizam-se do material na cidade. Os canudos são impactantes geradores de lixo de plástico espalhado pela natureza, sendo estes consequentemente causadores de morte de animais (por ingerir os mesmos) além do entupimento de sistemas de escoamento de água, entre outros problemas.
Troca por itens de papel (ou até material comestível) seria a dica
Em seu pronunciamento na última sessão da Câmara Municipal, realizada na segunda-feira, dia 18 de junho, o vereador defendeu sua atitude de legislar nesta questão – lembrando que os canudos de plástico podem ser substituídos por itens de papel e até por feitos de material comestível que estão sendo criados. Gimi mostrou o enorme impacto ambiental oriundo do uso de canudos plásticos “Se cada cidadão usar um canudo plástico por dia, em um ano terá sido consumido 75 trilhões de canudos”, afirmou.
“Mais de 95% do lixo nas praias, rios e lagoas brasileiras é formado de materiais de plástico, que além do problema (da sujeira) em si, causa problemas para a saúde dos animais, que com frequência morrem por ingestão de plástico”, continuou o vereador. “Temos várias unidades de conservação importantes aqui em Torres como a Ilha dos Lobos, o Parque Itapeva, Praia da Guarita, o Rio Mampituba, locais onde a fauna e a flora dependem de nossa proteção”, encerrou Gimi a sua explicação sobre o seu Projeto protocolado na Câmara, que deve ser debatido e votado nas próximas semanas.
Lei do mesmo vereador já proíbe sacolas plásticas, mas não é fiscalizada
O mesmo vereador Gimi é autor de uma lei – aprovada e promulgada em 2008 – que proíbe o uso de SACOLAS PLÁSTICAS tradicionais nos comércios e supermercados estabelecidos na cidade de Torres justamente pelo mesmo motivo: a demora de 200 anos em média para a matéria plástica se decompor na natureza.
A lei em vigor exige que o material usado seja de plástico oxibiodegradável, que se decompõe mais rápido. Mas mesmo com a lei aprovada, a prefeitura de Torres desde então não criou nenhum projeto de fiscalização e de punição aos comerciantes locais, que consequentemente devem ainda utilizar sacolas plásticas tradicionais na maioria dos casos para fornecer mercadorias compradas nas lojas.
