Psicóloga especialista em lidar com jovens fala sobre o jogo “Baleia Azul” na Tribuna da Câmara torrense

Vereador Marcos (e) convidou Cláudia Rocha (d) para falar sobre os riscos do polêmico jogo para os adolescentes

5 de maio de 2017

 

 

Na última sessão da Câmara Municipal de Vereadores de Torres, realizada na terça-feira, dia 2 de maio (por conta do feriado da segunda-feira), fez uso da Tribuna Popular – a convite do Vereador Marcos Paulo Klassen (PMDB) – a psicóloga Cláudia Simone de Oliveira Rocha. Ela foi à casa legislativa falar sobre um assunto que está em voga pelo mundo afora, meche com o psicológico e  influencia na segurança dos jovens adolescentes: o Jogo Baleia Azul.

A moradora de Torres –  que adotou a cidade como querência –  trabalha especializada no trato com crianças e adolescentes, aqui e em outras localidades. Por isto ela tem sido demandada por pais e entidades em geral para dar sua opinião sobre o significado deste jogo e a influência que ele pode ter sobre a saúde emocional dos jovens e seus familiares.

 

Necessidade dos pais darem atenção necessária aos filhos adolescentes

 

Para Cláudia Rocha, o jogo que é criminoso é “mais uma demonstração da facilidade que pessoas psicopatas podem ter em entrar na vida dos adolescentes”, principalmente para aqueles que estão em vulnerabilidade social por estar num ambiente familiar desestruturado. “Pode ter Baleia Azul ou outro jogo de animal colorido qualquer. Mas o que fica é a atenção necessária que os pais têm de dar aos seus filhos nesta idade (adolescência), coisa que pouco está ocorrendo por conta de vários fatores, dentre eles distanciamento de alguns pais quanto aos sentimentos dos filhos”, afirmou a convidada na tribuna. “Não adianta cobrar notas boas e assiduidade em compromissos dos filhos se não se está atento aos contatos que estes jovens estão tendo mundo afora, principalmente com a facilidade de se comunicar com um simples telefone celular”, exemplificou a psicóloga. Cláudia sugere que o debate destas questões (sentimentos e relacionamentos) deve acontecer de forma  mais seguida, em casa e em espaços dentro das escolas, com a presença de pais, professores e psicólog@s. “Acho estranho escolas particulares ainda não contarem com psicólogas em seus quadros de interação com alunos”, reclamou. “E parabenizo o setor de educação pública, que já está debatendo com a sociedade torrense este assunto tão em voga”, disse

A psicóloga convidada para falar sobre o assunto na Câmara sugeriu que, acima de tudo, a responsabilidade dos pais perante seus filhos seja mais valorizada pela sociedade.  A seguir, o vereador Marcos Klassen, em nome de casa legislativa, colocou a Comissão de Educação e a Comissão de Saúde à disposição da convidada, como forma de o poder legislativo poder fazer sua parte na luta pela saúde mental, sentimental e social dos adolescentes, principalmente os de Torres e da região.

 

Sobre o jogo Baleia Azul

O jogo da Baleia Azul refere-se a ocorrências surgidas em uma rede social russa, ligado ao aumento de suicídios de adolescentes. Acredita-se que o jogo esteja relacionado com mais de cem casos de suicídio pelo mundo, havendo fotos de feridas auto-infligidas. Refere-se ao fenômeno de baleias encalhadas, supostamente suicidas. Todavia, não são suicidas e seu encalhe acontece por motivos ainda não bem esclarecidos, sendo sugerido a falha de ecolocalização.

O jogo se baseia na relação entre os desafiantes (também chamados jogadores, ou participantes) e os curadores (ou chamados de administradores). Envolve uma série de tarefas dadas pelos curadores que os jogadores devem completar, normalmente uma por dia, algumas das quais envolvem auto-mutilação. Acredita-se que o primeiro caso de suicídio relacionado com o jogo tenha ocorrido em 2015 na Rússia.

 


Publicado em: Saúde






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