Reajuste salarial para servidores municipais de Torres foi foco de debate na Câmara

Reposição salarial dos servidores (e busca por aumento real no salário) foi tema de debate de vereadores na sessão da Câmara de Torres do dia 5 de março

10 de março de 2025

O vereador de Torres Gimi Vidal (PP), compartilhou posicionamento sobre proposta do Sindicato dos Servidores Municipais de Torres, cujos representantes visitaram seu gabinete apontando a demanda de reposição anual nos salários de 4,83%, além de 6,5% de aumento real. E lamentou que a Prefeitura de Torres, apesar de confirmar a mesma reposição de 4,8%, teria oferecido uma taxa de aumento real de apenas 0,5 %. Ele criticou o governo Delci que, conforme sua avaliação prometeu aumento maior na campanha, o que (segundo Gimi) agora não estaria cumprindo. “Isto é uma vergonha, que não dessem nada”, desabafou o vereador.
O parlamentar lamentou ainda que a estrutura de custos da municipalidade de Torres (perante a Folha de pagamento) não permitiria dar aumentos adequados. Disse que na estrutura de formação de salários (referente aos benefícios e carreira) haveria muitos aumentos, enquanto que o orçamento crescia em ritmo bem menor. “Temos direitos em progressão geométrica e orçamento em projeção aritmética. Precisamos adequar a quantidade e a carreira antes. Ainda temos os primos pobres e os primos ricos na estrutura de direitos do funcionalismo”, disse Gimi em seu espaço na tribuna da sessão da Câmara de quarta-feira, dia 5 de março.

Presidente da Câmara rebate crítica

O presidente da Câmara de Torres, vereador Igor Beretta (MDB), rebateu a crítica de seu colega oposicionista Gibraltar. Usou também seu espaço de tribuna para afirmar que o próprio opositor teria, de certa forma, caído em contradição ao afirmar que o aumento proposto de 0,5% seria ‘ridículo’, mas a seguir reconhecer ele mesmo que a estrutura de custos da prefeitura (frente ao pagamento dos direitos aos servidores) não teria sustentabilidade para aumentos salariais maiores, e que por isso estes aumentos não haviam sido dados anteriormente – em governos onde o PP de Gimi era protagonista na gestão.
Já o vereador Moisés Trisch (também da base aliada do Governo Delci, coligado com seu PT) afirmou que considera a reposição proposta “pelo menos melhor que nada”, lembrando que, conforme sua avaliação, a prefeitura anterior não teria dado nenhum aumento real nos últimos anos aos servidores. Mas disse pensar ser exagerada a forma da prefeitura conceituar o aumento real (abaixo de 1%) como “um reconhecimento a importância dos funcionários” como foi dita pelos gestores na proposta. Na avaliação de Moisés, este percentual baixo teria de ser chamado de somente um “sinal” e que estudos maiores seriam feitos para conceituar a situação correta.

Vale Refeição ridículo’ e voto contra

O vereador Zé Milanez (PL) também abordou o tema em seu espaço de tribuna.” Lembro que servidor mal remunerado trabalha desmotivado”, disse. E Chamou de ridícula a proposta de pagamento de Vale-Refeição aos servidores proposta pela prefeitura, para ele um valor mensal que seria coerente se pago diariamente (sem citar o valor), afirmando que iria vota contra a proposta apresentada pela municipalidade aos funcionários públicos.

Nesta segunda feira, dia 10/3, ocorre a segunda sessão da Câmara após o recesso parlamentar.

*Editado por Guile Rocha (Redação A FOLHA)


Publicado em: Política






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