O vereador de Torres Gimi Vidal (PP), compartilhou posicionamento sobre proposta do Sindicato dos Servidores Municipais de Torres, cujos representantes visitaram seu gabinete apontando a demanda de reposição anual nos salários de 4,83%, além de 6,5% de aumento real. E lamentou que a Prefeitura de Torres, apesar de confirmar a mesma reposição de 4,8%, teria oferecido uma taxa de aumento real de apenas 0,5 %. Ele criticou o governo Delci que, conforme sua avaliação prometeu aumento maior na campanha, o que (segundo Gimi) agora não estaria cumprindo. “Isto é uma vergonha, que não dessem nada”, desabafou o vereador.
O parlamentar lamentou ainda que a estrutura de custos da municipalidade de Torres (perante a Folha de pagamento) não permitiria dar aumentos adequados. Disse que na estrutura de formação de salários (referente aos benefícios e carreira) haveria muitos aumentos, enquanto que o orçamento crescia em ritmo bem menor. “Temos direitos em progressão geométrica e orçamento em projeção aritmética. Precisamos adequar a quantidade e a carreira antes. Ainda temos os primos pobres e os primos ricos na estrutura de direitos do funcionalismo”, disse Gimi em seu espaço na tribuna da sessão da Câmara de quarta-feira, dia 5 de março.
Presidente da Câmara rebate crítica
O presidente da Câmara de Torres, vereador Igor Beretta (MDB), rebateu a crítica de seu colega oposicionista Gibraltar. Usou também seu espaço de tribuna para afirmar que o próprio opositor teria, de certa forma, caído em contradição ao afirmar que o aumento proposto de 0,5% seria ‘ridículo’, mas a seguir reconhecer ele mesmo que a estrutura de custos da prefeitura (frente ao pagamento dos direitos aos servidores) não teria sustentabilidade para aumentos salariais maiores, e que por isso estes aumentos não haviam sido dados anteriormente – em governos onde o PP de Gimi era protagonista na gestão.
Já o vereador Moisés Trisch (também da base aliada do Governo Delci, coligado com seu PT) afirmou que considera a reposição proposta “pelo menos melhor que nada”, lembrando que, conforme sua avaliação, a prefeitura anterior não teria dado nenhum aumento real nos últimos anos aos servidores. Mas disse pensar ser exagerada a forma da prefeitura conceituar o aumento real (abaixo de 1%) como “um reconhecimento a importância dos funcionários” como foi dita pelos gestores na proposta. Na avaliação de Moisés, este percentual baixo teria de ser chamado de somente um “sinal” e que estudos maiores seriam feitos para conceituar a situação correta.
‘Vale Refeição ridículo’ e voto contra
O vereador Zé Milanez (PL) também abordou o tema em seu espaço de tribuna.” Lembro que servidor mal remunerado trabalha desmotivado”, disse. E Chamou de ridícula a proposta de pagamento de Vale-Refeição aos servidores proposta pela prefeitura, para ele um valor mensal que seria coerente se pago diariamente (sem citar o valor), afirmando que iria vota contra a proposta apresentada pela municipalidade aos funcionários públicos.
Nesta segunda feira, dia 10/3, ocorre a segunda sessão da Câmara após o recesso parlamentar.
*Editado por Guile Rocha (Redação A FOLHA)