A Ulbra participou recentemente de Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para apoiar o movimento que reivindica a implantação de um curso de Medicina no Litoral Norte Gaúcho. O encontro reuniu parlamentares, prefeitos, autoridades sanitárias e representantes da Ulbra (Torres), UniCnec (Osório), Ufrgs (Tramandaí) e Furg (Santo Antônio da Patrulha).
Conduzida pelo deputado Luciano Silveira (MDB), a audiência pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa expôs as potencialidades do Litoral Norte do Estado para pleitear um curso de Medicina.
Em outubro deste ano, o Governo Federal lançou novo edital para obtenção de funcionamento de cursos de Medicina em todo o país. No Rio Grande do Sul, há previsão de criação de quatro novos cursos, gerando um total de 240 vagas. Este edital é exclusivo para instituições privadas de ensino, que devem apresentar projetos para a implementação dos cursos em regiões com determinadas características, incluindo especialmente os déficits assistenciais.
Entre estas exigências estão a média inferior a 2,5 médicos para cada mil habitantes; existência de hospital com pelo menos 80 leitos – o que contribui para a formação prática dos estudantes; capacidade para abrigar pelo menos 60 vagas e não ser impactado pelo plano e expansão dos cursos de Medicina das Universidades federais. As instituições têm até o dia 8 de janeiro de 2024 para apresentar sua habilitação.
Tema em debate
Conforme o deputado Luciano Silveira, o objetivo da audiência de unir municípios, parlamentares e instituições educacionais em torno da implantação de um curso de Medicina no Litoral Norte foi alcançado.
“Neste momento não importa qual município vai hospedar a faculdade de Medicina e sim firmar um consenso de que ela se estabeleça na região”, esclareceu o deputado.
O parlamentar salientou que o Litoral Norte teve um crescimento populacional desmedido nas últimas décadas, sem a contrapartida na área da saúde. Ele lembrou que cinco universidades atuam na região, que conta com cinco hospitais de médio porte e dois de pequeno porte.
Neste sentido, Luciano Silveira propôs que uma comitiva formada por prefeitos, deputados e instituições educacionais entreguem, até o final deste mês, um documento reivindicatório regional, incluindo algumas alterações no edital, para permitir que mais municípios possam sediar o curso.
“Nós também levaremos este documento à bancada federal gaúcha, com o pedido de atenção com a votação do Plano Plurianual (PPA) e a possibilidade de ampliação de investimentos para cursos de extensão das universidades federais.”
Apoio da Ulbra
Em apoio a implantação do curso de Medicina no Litoral também se manifestaram os reitores das instituições, os prefeitos de Capão da Canoa (Amauri Germano) e Santo Antônio da Patrulha (Rodrigo Massulo), o secretário de saúde de Osório (Ângelo da Rosa), a deputada Sofia Cavedon (PT) e os deputados Jeferson Fernandes (PT) e Alceu Moreira (MDB),
O reitor da Ulbra, Thomas Heimann, falou em seu discurso que todos devem convergir para melhorar a saúde na região e no Estado como um todo.
“Além de Torres, temos mais de 700 alunos de Capão da Canoa, Arroio do Sal, Imbé, Tramandaí, Osório e outras cidades. A Ulbra tem uma grande experiência em cursos de Medicina. Apoiamos a vinda de um curso para o Litoral e nos colocamos à disposição para auxiliar no que for necessário”, afirmou o reitor Thomas, que esteve no encontro acompanhado do Diretor da Ulbra Torres, Valdemar Sjlender.
