Na última segunda-feira, dia 27 de abril, a sessão ordinária da Câmara Municipal de Torres voltou a ter um formato um pouco mais aberto. É que, desde a decretação de Estado de Calamidade na cidade, a Casa Legislativa vinha realizando suas sessões de forma reduzida em conteúdo, além de fechada para o público. Tudo por conta dos cuidados perante a ‘guerra social’ contra a proliferação do Coronavírus, pandemia que afeta todo o mundo.
A sessão foi já realizada já dentro do novo formato, com no máximo 30 pessoas presentes no plenário (o que pode facilmente ser preenchido somente pelos vereadores (13), seus assessores (13) e a assessoria jurídica e administrativa da casa (4 pessoas), para cumprir leis locais para utilização de espaços públicos em dias de Coronavírus no ar). Os vereadores na maioria colaboraram depois de pedido do presidente da casa, vereador Fábio da Rosa, para que seus auxiliares só participassem da sessão por motivos extremos, isto para liberar espaço para a presença de cidadãos e da imprensa no recinto. O que ocorreu, embora pouca gente estivesse na sessão.
Uso de máscara e pronunciamentos feitos até fora da tribuna
Dentro da Câmara e na sessão, o uso de máscara está sendo obrigatório, seguindo decreto da prefeitura, que obriga este comportamento em recintos fechados e públicos em toda a cidade. E assim obedecendo, logo a seguir aconteceu a volta dos pronunciamentos dos vereadores.
Durante as medidas de contenção por conta da Covid-19, os discursos ainda serão diferenciados: eles poderão ser feitos na Tribuna (onde o microfone é o mesmo para todos) ou das mesas dos vereadores, que também possui o equipamento de som. Quem escolhe é o dono do espaço de pronunciamento.
Pronunciaram-se os vereadores Fábio da Rosa (PP), Gibraltar Pedro Cipriano Vidal (PP), Carlos Alberto Jacques (PP), Carlos Monteiro, o Tubarão (PDT) e Deomar Goulart, o Dê (PDT) conforme inscrição prévia e com 10 minutos de espaço para as falas (Grande Expediente).
No Pequeno Expediente (cinco minutos e de inscrição no dia da sessão), se manifestaram os vereadores Valmir Daitx Alexandre, o Pardal (Republicanos), Gisele Rodrigues, a Gisa Webber (PSD), Marcos Klassen (PSB), Jeferson Santos (PTB) e Rogério Jacob, o Rogerinho (PP).
Divulgação de valores para diárias de vereadores de Torres gera respostas na sessão da Câmara
Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres, realizada na segunda-feira, dia 27 de abril, um dos assuntos pautados em posicionamentos públicos de vereadores foi acerca da divulgação dos valores de diárias – postada na forma de “memes” em redes sociais que, por terem alta circulação, acabaram virando assunto de matérias e opiniões em jornais locais.
O vereador Jacques (PP) considerou levianas as acusações aos vereadores em redes sociais. Disse que sempre defendeu e defende que os vereadores trabalhem para os moradores locais – e que buscar recursos em Brasília faz parte deste trabalho. O vereador acha que os acusadores querem buscar uma vaga na Câmara nas eleições de outubro. E conceituou de lamentável esta forma de buscar votos.
Já o vereador Rogerinho afirmou em seu espaço público que fica tranquilo perante as criticas de retirada de diárias. Ele lembrou que as idas à Brasília, além de propiciarem verbas de emendas para serem usadas na cidade, faz com que quem viaja chegue de volta exausto, pois trabalha de 12 a 14 horas ininterruptas em Brasília para conseguir atender as agendas quando viaja a capital federal. O vereador exemplificou as novas UTIs do Hospital, como um exemplo de conquista de verbas em Brasília para o HNSN. “Só é lembrado quem bate a porta”, afirmou Rogerinho.
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Vereador Pardal volta a se pronunciar após suspensão
Durante um pequeno pronunciamento na sessão da Câmara Municipal de Torres, realizada na segunda-feira (27 de abril), o vereador Pardal (Republicanos) solicitou publicamente um Pedido de Informação por escrito da Prefeitura Municipal, para saber mais detalhes sobe o uso dos testes de Covid-19 para e sua utilização no sistema de Saúde da cidade. Ele quer saber melhor quais foram e quais são as prioridades utilizadas pela municipalidade no uso dos testes recebidos do governo e de outras entidades.
Pardal também lembrou que somente com uma pandemia que as pessoas estão cobrando das autoridades, por exemplo, o credenciamento de novos leitos de UTIs no hospital pelo SUS. E desabafou dizendo que o sistema é carente sempre, listando mortes anuais no Brasil em outras doenças, também por conta de falta de leitos, quando sequer se ouvia falar da Covid-19.
O vereador estava suspenso de se pronunciar nas sessões por dois meses. Na segunda-feira, dia 27 de abril ele voltou a ter este direito. A suspensão de Pardal foi feita junto com a do vereador Ernando Elias (PLS) – e se deu pelo fato flagrante dos dois irem as “vias de fato” após uma discussão em sessão da câmara no último trimestre de 2019.
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Vereador Fábio da Rosa fala sobre as queimadas que ocorreram nos campos do interior de Torres
Na sessão da Câmara de Vereadores, realizada segunda-feira, dia 27 de abril, o vereador Fábio da Rosa (PP), em seu espaço de tribuna, se manifestou sobre as queimadas que ocorreram em Torres na semana anterior. Fábio elogiou o trabalho da Prefeitura nas ações de combate aos focos de queimadas e elogiou também o Corpo de Bombeiros local – em decorrência de suas insistentes e precisas ações de combate ao fogo nos campos do interior do município.
Os focos de incêndio na Vila São João começaram a surgir na quinta-feira, dia 23 de abril e se mantiverem durante todo o final de semana e a semana passada. As informações preliminares das autoridades locais sugerem que os incêndios possam ser todos frutos de acidentes causados por conta da queima de lixo – que também causa acidentes por liberar fagulhas jogadas ao vento que caem em campos secos e se transformam em focos de fogo crescentes. Não estão descartadas, no entanto, as possibilidades de ter havido queimada proposital.