Na terça-feira (10 de setembro), ocorreu mais uma reunião mensal do Conselho da Saúde de Torres. Comandada pelo presidente, o dentista Dr. Francisco Pereira, apresentações sobre dados estatísticos semestrais, a serem tabulados no Sistema Estadual da Saúde (compilados localmente e ainda não formalmente pela secretaria municipal de Torres) – principalmente referentes aos chamados Dados Epidemiológicos – foram os destaques deste encontro mensal.
Na reunião, além da apresentação dos dados tabulados no município de Torres, houve destaque para questões de vacinas e doenças endêmicas em geral, bem como informações sintetizadas sobre nascimentos, mortes e questões correlatas (que necessitam ser registrados formalmente na sociedade).
- Mesmo sendo aplicados 25 mil doses de vacinas em geral nos estabelecimentos de Saúde de Torres (que recebem pessoas de municípios vizinhos também), a falta de estoque disponível da vacina contra a COVID-19 preocupa as autoridades locais, como em Todo o Brasil. E a preocupação é a de que uma nova onda possa iniciar, o que já poderia estar provocando mais compras para toda a nação pelo Ministério da Saúde (para estoque no final do ano).
- Os mais de 500 casos de dengue confirmados em Torres também projetam que o verão deverá bater recordes da doença, pelo fato da estação prometer ser quente (aumentando os mosquitos).
- 75% das notificações registrada na estatística do sistema de saúde (até o momento em 2024) são de pessoas moradores de Torres. Os outros 25% são de municípios vizinhos, incluindo Passo de Torres, em SC.
- No semestre, foram registrados mais de 200 atendimentos demandando vacinas antirrábica. O destaque curioso é a concentração das demandas de pessoas mordidas por macacos, alguns visitantes do Morro dos Macacos (no Passo de Torres), o que obriga ainda atendimentos no final de semana.
- Foram 400 acidentes de trabalho registrados em Torres (conforme dados do Conselho de Saúde), a grande maioria oriunda da Construção Civil (entre acidentes de trabalhadores de construtoras e empreiteiros independentes do setor).
- Outro destaque apresentado foi a informação de que os óbitos considerados infantis e aqui registrados tem que ter investigação das causas pelos servidores da municipalidade torrense, para encerrar a tabulação estatística – e isto tem demandado trabalhos investigativos de servidores da Saúde (e demandado tempo e energia aos mesmos).
- 73% dos partos registrados no 1º semestre em Torres, mais uma vez, se concentraram em cesarianas. Somente os outros 27%, em partos normais (mais aconselhados).
- Um dado muito bom foi o de que 80% das gestantes realizam as indicadas 7 consultas pré-partos no sistema de saúde.
- No primeiro semestre de 2024, foram registadas 180 mortes de moradores da cidade oficialmente.
Sobre o Conselho de Saúde
O Conselho de Saúde de Torres (como na maioria das cidades onde existe) possui integrantes do poder público, de especialistas privados em atividades de Saúde, assim como representantes de sindicatos ou associações civis de Torres. E além de receber prestação de contas sobre estatísticas diversas do setor (como forma de monitorar a Saúde Pública), possui ainda poder de voto para aprovação dos planos de aplicação de recursos extra-orçamentários injetados no sistema (como emendas parlamentares direcionadas ao hospital local e APAE, por exemplo).
AS reuniões mensais são realizadas nas segundas terças-feiras de cada mês, em uma sala disponibilizada pelo Hospital Navegantes para o encontro.
