SECRETÁRIA DE SAÚDE DE TORRES RESPONDE ÀS CRÍTICAS DE VEREADORES

Maioria dos problemas criticados é de competência do ESTADO do RS. O sistema municipal opta por atender por conta de prever mais problemas ainda

17 de agosto de 2019

 

Após vários vereadores terem focado seus pronunciamentos em críticas ao sistema de Saúde de Torres – em muitos dos casos por questões que são de gestão direta da Secretaria municipal da pasta – a Secretária de Saúde de Torres, Suzana Machado, foi consultada pelo jornal A FOLHA. O objetivo foi abrir espaço para a secretária dar a versão de quem está no comando do trabalho, para que sirva de resposta aos vereadores rebelados e ao público que acompanha o trabalho parlamentar.

Sobre demora no agendamento de mamografias

A secretária diz que, atualmente, o município esta chamando para agendamento as requisições de exames solicitados no final do mês outubro passado. Mas as demandas de urgência, feitas ainda em 2019, já foram chamadas. Como a principal causa deste atraso, a secretária diz que aparelho Mamógrafo esteve estragado por mais de quatro meses, em fins de 2018 e começo de 2019, o que acarretou esta demanda reprimida no município.

Suzana lamenta que, mesmo havendo aumento nas disponibilidades, onde foram ofertadas mais de 700 mamografias (para serem realizadas na Cidade de Santo Antônio da Patrulha pela secretaria municipal), muitas das mulheres que esperavam o exame na fila não aceitaram. Somente  200 pessoas mostraram interesse de fazer o procedimento em outro município, o que não colaborou para a diminuição da demanda reprimida.

A Secretária lembra que as mamografias são exames de média e alta complexidade, ficando assim por conta do Estado do RS a obrigação da realização dos exame -, que são feitos em Torres, no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN), por conta de contrato estadual junto à instituição hospitalar.

A cota mensal que o município recebe do Estado é de 150 mamografias. Por isto foi buscado, através do sistema estadual do RS, mais as 700 cotas disponibilizadas em Santo Antônio da Patrulha, que inesperadamente não foram usadas por falta de interesse da população.

 Sobre Férias de médicos especialistas na clínica recém-inaugurada 

Quanto às férias de alguns médicos que estão cadastrados na Clínica de Especialidades, inaugurada há poucos meses, a secretária Suzana afirma que se tratam de profissionais concursados pelo município há anos. Portanto, independente de terem mudado o seu local de trabalho para a Clínica de Especialidades Médicas, as férias dos servidores vencem e devem, por lei, ser oferecidas e gozadas. Inclusive elogiou os médicos que procuram tirar suas férias de forma negociada e escalonada, justamente para evitar ao máximo o prejuízo no atendimento por conta da interrupção.

A secretária de Saúde lembra que a Clínica de Especialidades foi uma forma de ampliar e melhor atender a população. É que o Posto Central de Saúde de Torres não comportava mais o espaço físico. E foi principalmente por isto que foram desvinculadas as especialidades do ‘Postão’.

Atendimento de sessões de Fisioterapia

A secretária respondeu às criticas de demora de marcação de consultas nesta especialidade, mostrando que Torres conta com seis profissionais, e que isto soma dois a mais que na gestão passada. Só que, destas seis pessoas, três (concursadas) estavam em Licença Médica, o que tem causado maior afunilamento e consequentemente maior fila de espera.  Mas Suzana deixou claro que todas as urgências de fisioterapia demandadas, por exemplo, no pós-operatório (em fraturas, dentre outras), foram e são agendadas com brevidade.

Suzana lembrou ainda que o sistema da secretaria conta com apoio da turma de Fisioterapia (estudantes e professores) da Ulbra Torres, o que pode proporcionar uma maior oferta. E lembra também que a especialidade de Fisioterapia também é, em princípio, estadual. É que ela é ranqueada como de media/alta complexidade – portanto, também fica a cargo do estado a obrigação de oferecer o tratamento. A entrada do município atendendo a fisioterapia acontece justamente por problemas recorrentes por parte do sistema estadual de saúde. Consequentemente, o sistema municipal de entender que fica inviável aguardar pelo atendimento de fisioterapia por parte do estado.

E foi justamente por isto que a prefeitura, através da Secretaria de Saúde, se obrigou a contratar mais dois profissionais da área nos anos de em 2018 e 2019. Uma espécie de provisionamento de uma falha já prevista.

*Editado por Guile Rocha

 

 


Publicado em: Saúde






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