Participou na Tribuna Popular da Câmara de Torres na segunda-feira (dia 28 de agosto), a secretária de Saúde Suzana Machado, acompanhada de uma diretora do setor administrativo da pasta. Elas foram à Casa Legislativa por conta de um requerimento de autoria do vereador Igor Beretta (MDB), que busca informações mais detalhadas sobre o sistema e os protocolos de transporte de pacientes feitos pela secretaria quando em viagens para outras localidades para tratamentos, consultas e outras demandas ligadas à Saúde Pública de torrenses.
Igor introduziu o assunto de tribuna insistindo que a municipalidade deveria buscar, mais próximos às residências, os munícipes que irão viajar geralmente para a capital para realizar procedimentos de Saúde que não são disponibilizados em Torres. O vereador destaca o problema principalmente dos moradores das praias do Sul de Torres, para ele os mais prejudicados. E cita: “se a pessoa já está doente e não possui recursos para atendimento particular (nem carro), fica mais difícil ainda ter de se locomover para o centro ou locais longe de suas casas quando em demandas de tratamento de saúde”.
Sistema já estaria “estourando” o limite de horário, conforme secretaria.
A resposta da secretária Suzana foi de que, ao contrário, o levantamento realizado pela prefeitura acabou diminuindo ainda mais os pontos de coleta de passageiros. Suzana lembrou que o transporte dos torrenses para a capital é um serviço adicional (favor) oferecido pela prefeitura, já que não se trata de uma obrigação, pois são geralmente atendimentos de média e alta complexidade, competência do sistema estadual.
A secretária informou que os ônibus de passageiros que são utilizados para transporte até Porto Alegre têm saído às 3 horas da madrugada, isto para poder captar as pessoas para viajar e chegar à tempo na capital. E que este horário de certa forma adiantado já é fonte de reclamação dos pacientes, o que iria se tornar um problema maior caso houvesse um aumento das rotas de captação de passageiros, como sugere o vereador.
Problemas de veículos em manutenção
O vereador Igor também indagou sobre denúncias que seu gabinete recebeu acerca de veículos utilizados pela Saúde que estariam parados, sem transportar pacientes que buscam carona para atendimentos. Presente na câmara, a assessora Bianca, responsável pelo controle da frota de veículos da saúde afirmou que teriam somente três veículos parados, um deles já prestes e ser disponibilizado. Disse a seguir que a manutenção é feita no ritmo da demanda de recursos orçados e no ritmo das oficinas.
Bianca, por outro lado, também comemorou que está sendo elaborada uma licitação para a aquisição de nove novos carros para a Saúde municipal, o que irá renovar a frota, consequentemente evitando veículos parados por desgastes.
Serviço de pré-atendimento feito pela prefeitura em Porto Alegre
A seguir o vereador também compartilhou um questionamento de seu gabinete sobre diárias de uma servidora da Secretaria de Saúde, que chegariam a R$ 12 mil (segundo ele). A resposta da secretária foi a de que se trata de uma pessoa que sistematicamente tem que estar em Porto Alegre cedo, para conseguir a marcação de consultas para torrenses que solicitam as demandas e para outros casos de pacientes que estão consultando na capital. E que as despesas desta servidora são de transporte, alimentação e compra de medicamentos especiais, justamente para completar os agendamentos das consultas de torrenses. Suzana lembrou ainda que este procedimento é realizado desde 2007.
Rastreadores e aluguéis de veículos foram outras sugestões
O vereador Silvano Borja (PDT) indagou a secretária se não seria interessante ter uma espécie de ‘rastreador por satélite’ dos carros municipais da Saúde. A secretária disse que isto já foi tentado anteriormente e que a burocracia e as demandas dos servidores foram impactadas de tantas chamadas, quando então foi decidido não continuar com este sistema, pelo menos da forma que se apresentou. Suzana acha que isto serviria para controle de frotas inteiras, talvez de administrações maiores…
Rafael Silveira (PSDB) perguntou se não seria mais interessante a prefeitura trabalhar com veículos alugados, com prestação mensal, já que nestes casos não há despesa de manutenção, nem de seguro. A servidora responsável afirmou que já está sendo feito um estudo para que a prefeitura passe a utilizar este sistema, pelo menos em parte de trocas de frota futuras. Mas lembrou de que a municipalidade recebe muitos veículos gratuitos, oriundos de emendas parlamentares – e que isto deveria ser levado em conta.
Custo unitário do transporte de munícipes
O vereador Gimi (PP) perguntou se a prefeitura tem controle de planilha sobre o custo por pessoa no transporte de passageiros feitos pelo sistema de saúde municipal. A secretária Suzana disse que, por pessoa, ela ainda não elaborou um sistema de controle, mas que existe um levantamento anual, geral, que pode ser passado para o vereador.
Para terminar, o vereador Jacques (PP) indagou sobre a quantidade de motoristas que ficam disponíveis para a prefeitura trabalhar na Saúde. A secretária respondeu que são 28 motoristas contratados, que trabalham no sistema de escalas, por horário e por busca excepcional em alguns casos específicos.