Sessão da Câmara em Torres entre apresentações e clima de despedida

Somente três dos treze atuais vereadores vão continuar no legislativo no período 2021/2024

Alguns vereadores eleitos foram convidados a sentar em espaço reservado na sessão da Câmara
21 de novembro de 2020

Realizada no primeiro dia após a realização do pleito municipal do domingo, a sessão da Câmara Municipal de Torres, que aconteceu na segunda-feira, dia 16 de novembro, acabou tendo requintes de despedida. É que dos treze nomes atuais, somente três irão continuar o trabalho no poder legislativo torrense nos próximos 4 anos: Fábio da Rosa (PP), Gimi (PP) e Rogerinho (PP).

O vereador Pardal (Republicanos) não concorreu por estar impossibilitado pela lei; o vereador Tubarão (PDT) concorreu para a prefeitura e não conseguiu o feito, ficando em segundo lugar; a vereadora Gisa Webber (PSD) concorreu como vice na chapa do mesmo Tubarão; mesmo caminho do vereador Jeferson dos Santos (PTB) que concorreu como vice na chapa do MDB e ficou em terceiro lugar. Outros seis vereadores da Casa Legislativa torrense que concorreram no pleito de domingo não conseguiram renovar o mandato. Na ordem de votação (do maior ao menor): Marcos Klassen (PSB), Carlos Jacques (PP), Zete da Silveira (PT), Dê Goulart (PDT), Valdemar Bresolin (PP) e Ernando Elias da Silveira (PSL).

Prefeito reeleito discursou antes dos vereadores

 Carlos Souza

 

O Prefeito Carlos Souza (reeleito com mais de 52% dos votos válidos) participou da sessão utilizando a tribuna antes dos pronunciamentos agendados pelos vereadores. O discurso foi de estadista eleito, demonstrando experiência, equilíbrio e espírito amistoso, propondo cooperação para os quatro anos a mais que estará na Cadeira Maior do poder em Torres, mesmo sendo um dia após o pleito. Carlos reconheceu e legitimou todas as candidaturas do pleito, assim como legitimou todos os vereadores que foram eleitos no domingo: os seis da sua base aliada e os sete da oposição. O prefeito também agradeceu o trabalho dos atuais treze legisladores da câmara, elogiando a disposição e o profissionalismo dos edis (reeleitos ou não) por terem colaborado no debate e votação dos inúmeros projetos de Lei da Casa Legislativa, projetos que ajudaram para que o trabalho do Poder Executivo fosse implementado

Presença de “novos vereadores” eleitos na sessão

Alguns vereadores que foram eleitos para o cargo pela primeira vez também estavam na Câmara. Foi o caso da vereadora eleita Carla Daitx (PP – Campeã de votos), do vereador eleito Rafa Silveira (PSDB), de Cláudio da Silva Freitas (PSB), Dílson Boaventura (MDB) e de Igor Bereta (MDB). Eles gentilmente foram convidados pelo diretor da Câmara para sentarem-se no espaço especial de autoridades e assessores do plenário.

Despedidas dos que saem e agradecimento dos que se mantêm

A primeira vereadora a utilizar a tribuna no Grande expediente (discursos de 10 minutos) foi Zete Silveira (PT).  Mesmo não reeleita, ela agradeceu os 381 votos que recebeu, comemorando que se orgulha dos mesmos terem sido conquistado somente com trabalho próprio e de apoiadores voluntários, sem remuneração. Ela também parabenizou seu companheiro de partido, Moisés Lima, pelo apoio que deu a partir da composição de chapa para concorrer à cadeira de Prefeito pelo PT, para Zete fazendo uma bonita campanha.

O vereador Rogerinho (PP – reeleito) também utilizou seu espaço de tribuna para falar sobre eleição. Ele parabenizou o trabalho da imprensa na eleição e os vereadores eleitos, nominando os que estavam presentes no plenário. Também agradeceu os 470 votos recebidos, lembrando que as votações individuais no pleito diminuíram por conta do grande aumento de candidaturas, caso que ocorreu em todos os partidos.  E lamentou o número grande de abstenção, votos nulos e votos em branco no pleito, afirmando que para ele o voto é a única arma do cidadão para poder influenciar nas melhorias de suas vidas coletivas.

O vereador Pardal (Republicanos) que não concorreu no pleito também falou sobre a eleição.  Ele parabenizou todos os eleitos, principalmente os candidatos que concorreram pelo seu partido, o Republicanos – que elegeu um vereador para o proximo pleito, seu assessor ‘Ninja’ Negrini). Pardal também repetiu que seu jeito, às vezes contundente, de fazer críticas não se trata de preconceito pessoal, trata-se de firmeza na opinião contraditória.  Para o vereador, as eleições mostraram que o somatório de votos nulos, abstenções, votos em branco e votos na oposição somaram quase 20 mil votos, em Torres, muito mais do que os 10 mil do prefeito reeleito, Carlos Souza, o que mostraria que (em sua opinião), mais gente é contra a atual administração do que as que são a favor.

A vereadora Gisa (PSD – não eleita) agradeceu a possibilidade de estar podendo falar ao vivo novamente através da transmissão nas redes sociais, após a Mesa Diretora da Câmara ter suspendido a prática no período eleitoral. Ela parabenizou todos os eleitos em todos os cargos (executivo e legislativo) e agradeceu principalmente aos seus apoiadores, para ela todos praticantes da “política do bem”. Disse se sentir feliz por ter estado por oito anos participando do trabalho na Câmara Municipal, principalmente por sempre seguir o que considera caminhos éticos e retos. Pediu para que os novos edis que entram continuem fazendo o trabalho que acha que fez na Câmara: ajudar a cidade de Torres a prosperar.

O Vereador Jeferson (PTB – não eleito) disse em sua participação de tribuna que sua voz ainda estava embargada pelo choro que tivera no domingo à noite, quando soube do resultado da eleição (na qual a chapa onde era candidato à vice–prefeito perdeu). Mas Jeferson elogiou o candidato à prefeito Alessandro Bauer, o conceituando como “um grande líder”. Agradeceu os mais de 4 mil votos recebidos pela chapa Alessandro & Jeferson no pleito, assim como parabenizou os outros 4 mil votos conseguidos pela outra chapa opositora, de Tubarão & Gisa. Também comemorou eleição de três nomes da coligação para a Câmara (dois do MDB e um do Republicanos), lamentando que o trabalho da coligação no período eleitoral teve problemas que atrapalharam no caminho.

O vereador Marcos Klassen (PSB – não eleito), por sua vez foi o primeiro a utilizar espaço no Pequeno Expediente (discursos de 5 minutos). Ele agradeceu os torrenses pelos 398 votos recebidos, assim como agradeceu todos os colaboradores de sua campanha individual e de sua coligação junto à chapa Tubarão & Gisa. Disse se sentir honrado pelo PSB ter conseguido colocar uma bancada na Câmara para o período 2021/2024 (no qual os votos por ele recebidos foram parte da conquista). E no final pediu para que “a prefeitura dê mais atenção às questões sociais na cidade, principalmente na área da Saúde”.

O vereador Fábio da Rosa (PP – reeleito) – presidente da Câmara Municipal, levou sua neta (presente na sessão) para junto dele na tribuna, dizendo ser atualmente um de seus pilares afetivos e que dão força para que trabalhe. Para Fábio, a eleição foi mais difícil porque estamos em uma pandemia, mas ele comemorou que a abstenção neste ano tenha sido menor do que a ocorrida em 2016, diferente do que estava previsto. Também agradeceu os 588 votos recebidos da população de Torres no domingo, dia 15.

O vereador Gimi (PP – reeleito) em seu espaço no pequeno expediente agradeceu a aceitação da população, que o elegeu para seu sétimo mandato na Câmara. Lembrou que se tudo correr bem irá completar 28 anos como vereador em Torres no final desta legislatura, em 2024. Deu um tom político em seu discurso, lamentando acusações que sempre aparecem de forma anônima (Fake News) nas eleições contra seu trabalho e sua pessoa. E acabou dando recado aos ‘inimigos’, ao repetir uma frase dita pelo o ex-treinador da Seleção Brasileira, Zagalo: “Vocês vão ter de me engolir”, desabafou Gimi. Ele também explicou (assim como se referiu aos novos vereadores da Câmara), que eles vão ver como ‘é difícil dizer não quando muitos queriam o sim’, assim como é difícil dizer sim quando muitos queriam o não. E que este é o trabalho do vereador na Câmara, trabalho este que os novos, agora, vão ter de exercitar.

O vereador Tubarão (PDT – não eleito) também agradeceu aos colaboradores de sua campanha assim como comemorou a eleição para a câmara de três nomes da sua coligação (um do próprio partido, o PDT, um do PSB e outro do PSD). Lembrou que se despede do mandato no dia 31 de dezembro sendo o vereador mais votado na história das eleições de Torres. Também deu uma pitada de política no discurso, ao afirmar que muitos candidatos não foram reeleitos na Câmara por terem tido de “receber goela abaixo” os mandos do atual governo. E também ironizou o fato do atual governo ter sido rejeitado em alguns setores da cidade, justamente por não ter conseguido eleger os candidatos que foram titulares (representantes) da prefeitura na Secretaria de Obras, Secretaria de Saúde e Secretaria de Indústria e Comércio.

O último a utilizar a tribuna foi o vereador Carlos Jacques (PP – não reeleito). Ele lembrou aos novatos e colegas que os vereadores são de total importância para o trabalho da municipalidade torrense em geral.  Lembrou que a eleição deixou claro que o projeto do governo atual foi o escolhido pela população para mais quatro anos de trabalho, e que os torrenses devem respeitar a escolha da maioria. Mesmo não reeleito, agradeceu os 390 votos que recebeu, dizendo que está tranquilo por saber que sempre esteve atendo e em apoio às decisões importantes da política e que continuará colaborando para tal.

 

 

 

 


Publicado em: Política






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