Para a comunidade surda, setembro é um mês especial com significados culturais e históricos, marcado por lembranças de perdas, conquistas e datas comemorativas alusivas aos surdos. É o mês da visibilidade da comunidade surda brasileira, com diversos eventos com a finalidade da conscientização da sociedade sobre a acessibilidade e comemoração das conquistas já obtidas pelos surdos ao longo dos anos.
Foi escolhido especificamente o mês de setembro, pois foi em 26 de setembro de 1857 a inauguração da primeira escola de surdos no Brasil, o INES- Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro. E a cor azul, porque durante a segunda guerra mundial, os nazistas amarravam uma fita azul no braço das pessoas com deficiência para identificá-las e enquadrá-las como seres inferiores. Então os surdos também recebiam esse enquadramento. Por isso, Setembro Azul.
Temos em 23 de setembro, o dia nacional das línguas de sinais; em 26 de setembro, o dia nacional dos surdos e em 30 de setembro, o dia do tradutor e intérprete das línguas de sinais. Portanto, setembro representa a luta da comunidade surda contra os preconceitos e barreiras que ainda reivindica espaço, acessibilidade e representatividade. Surdos são sujeitos que têm costumes, história, tradições em comuns que constroem sua percepção de mundo através do visão, tendo a Libras- Língua Brasileira de Sinais, como meio de comunicação e principal característica cultural.
Parabenizo os surdos e em especial a comunidade surda torrense, em sua maioria meus amigos e ex-alunos, que através da sua língua 1, sua língua natural, a Libras, podem se desenvolver no âmbito cognitivo, afetivo, profissional, social, emocional, religioso, político… possibilitando sua inclusão e integração na sociedade.