Sindicalista pede, na Câmara de Torres, apoio para que não caia o Plebiscito obrigatório em casos de privatizações no RS

Desta vez não houve moção da Câmara, mas alguns vereadores fizerem questão de se pronunciar a favor da sindicalista sobre o assunto

Sinergisul representado em busca de apoio a sua causa
30 de março de 2019

Na segunda-feira, dia 25 de março, a presidente do Sinergisul Ana Maria Spadari ocupou espaço de tribuna na Câmara Municipal de Torres durante a sessão ordinária da casa. O assunto agendado na pauta da tribuna foi Possibilidade de Privatizações no Estado do RS sem a presença de Consulta Popular (Plebiscito). A sindicalista se mostrou contra o processo de privatização em geral, mesmo sendo ela ligada como somente ao sistema Energético. Ela também criticou deputados estaduais que não ouvem as Câmaras Municipais sobre suas opiniões em casos como o que está acontecendo no RS acerca da proposta de retirada da obrigação de Plebiscito para que empresas estatais gaúchas sejam privatizadas.
Ana Maria criticou de forma contundente o atual governador Eduardo Leite ao acusá-lo de, em campanha, prometer não mexer neste item (Plebiscito) e logo na entrada justamente sugerir a retirada da consulta prévia popular através de PEC (Projeto de Emenda Constitucional). E criticou ironizando:
“O Governador afirma que o povo gaúcho não tem capacidade para decidir assuntos complexos como privatizações, mas foi este mesmo povo que o elegeu” ironizou, ao sugerir que sua eleição também não teria sido feita por pessoas capazes.

Perda de autonomia

Para a presidente do Sinergisul, o RS corre risco de perder autonomia sobre o fornecimento de energia elétrica aos cidadãos por conta de o sistema estar sendo entregue (com as privatizações) ao capital privado de multinacionais. “2/3 atualmente já está com empresas chinesas”, explicou a sindicalista ao denunciar que somente a CEEE no RS não está privatizada. Ela deu exemplo de mau atendimento das outras empresas que atuam na energia elétrica no RS quando, por exemplo, falta luz. “Tem cidades que ficam dias sem energia e as pessoas não têm lugares para reclamar como oferece a CEEE aqui nesta região, que possui lojas físicas em algumas cidades, inclusive”, denunciou.
O vereador Dê Goulart (PDT) e a vereadora Zete (PT) se manifestaram a favor da pauta sindicalista (contra as privatizações). Já a favor da privatização ou a favor da retirada do plebiscito não houve manifestações de vereadores, mesmo quando PP, PTB e PRB façam parte da base de apoio ao governo Eduardo Leite, além de outros partidos também terem secretários na gestão, como o MDB, por exemplo.
Foi a segunda vez em menos de um mês que a Câmara recebeu em sua tribuna manifestação contra as privatizações no Estado. Sempre lideradas por grupos ligados aos servidores de empresas públicas gaúchas


Publicado em: Política






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