Tendência é de queda de “um degrau” nos destinos turísticos buscados por argentinos no veraneio

Em meio a cenário de crise econômica, reportagem do jornal argentino “Clarín” comparou tendências locais de argentinos e preços no Brasil

Em maior ou menor número, 'hermanos' são historicamente presentes nos verões de Torres
12 de novembro de 2018

“O argentino tem o hábito de viajar. E neste contexto (de crise econômica) ainda vai acabar visitando e gerando turismo para o Brasil. Isto acontece porque os destinos são mais próximos e acabam sendo muito mais baratos que os do Caribe ou Miami, por exemplo”. Esta foi a afirmação de Leila Holsbach, assessora técnica de Mercados Embratur (Empresa Turismo Brasileiro) para reportagem publicada no jornal Clarin, de Buenos Aires, na semana passada.
A mesma reportagem explica isto afirmando que a crise de poder aquisitivo da Argentina vai acabar fazendo com que os planos de certa forma “caiam um degrau” no que se refere aos preços. “Quem pensa no México ou na República Dominicana vai para Praia da Pipa ou Imbassaí; quem ia para o nordeste brasileiro vai ficar no Rio de Janeiro; quem quiser ir ao Rio e não tiver dinheiro suficiente pode escolher Florianópolis; e assim por diante, de Florianópolis para o norte do RS”, sentencia a reportagem. “A desvalorização é uma oportunidade para o Brasil”, projeta a tendência do turismo dos “Hermanos” no verão conforme estudo feito pelo jornal portenho Clarín.

Destinos preferidos e a estatística do verão passado

Segundo dados da Embratur informados para a reportagem do jornal portenho, de dezembro de 2017 até o final de fevereiro de 2018, um total de 1.345.150 argentinos vieram para o Brasil. A tabulação da empresa de turismo brasileira indica, ainda, que as cidades mais visitadas para argentinos que viajam de avião e que os viajantes permaneceram pelo menos uma noite no destino foram Florianópolis (24,9%), Rio de Janeiro (15,1%), Bombinhas (9,4%), Búzios (8,6%) e Foz Iguaçu (7,1%). Ao mesmo tempo, o gasto médio (no local/destino) de cada argentino por viagem no ano passado foi de U$603 por viajante/temporada.

Como estão os preços no Brasil para os argentinos?

Quanto custa uma cerveja na praia, ou um guarda- sol? E o aluguel de morada para uma família? O jornal Clarim também pesquisou isto. E Aqui estão alguns preços médios no Brasil que a reportagem publicou para que os argentinos levem em conta antes de fechar seu roteiro de férias fora da Argentina. O levantamento do jornal mediu uma cerveja no Brasil custando em torno de R$ 10 (US $ 2,70 – levando em conta que o dólar é referência na Argentina). Uma Caipirinha ou “caipiroska” (como os Hermanos chamam), custa de R$ 15 a R$ 18 reais (US $ 4 a US $ 4,85). Suco de fruta natural, cerca de R$ 8, o mesmo valor que ficou em média um milho (US $ 2). Um refrigerante: R$ 6 ou R$ 7 (em torno de U$ 1,60)
Uma refeição abundante em um restaurante com uma bebida no levantamento nos principais destinos do Brasil levantado pela reportagem do Clarín ficou entre R$ 30 e R$ 70 (US $ 8 e US $ 18,90). Uma diária média, em Camboriú, para um tipo de família (2 adultos, 2 menores), ficou na reportagem por, em média, R$ 350 reais (US $ 95). Já o transporte (Aeroporto de Florianópolis/Centro-Praias) para até 4 pessoas, a partir de R$ 270 reais (US $ 72). Um Guarda-sol com duas cadeiras, entre R$ 15 e R$ 30 (US $ 4 e US $ 8). Já para alugar um carro por um dia, o levantamento do jornal argentino chegou a preços médios de R$ 200 (US $ 54), para um carro regular. Por uma semana, a partir de R$ 1.000 (US $ 270).
No Rio de Janeiro, por exemplo, o estudo sugere que com U$ 100 por dia por pessoa, a família come bem no restaurante, passa um dia na praia com todas as comodidades e faz uma excursão (por exemplo, até o Corcovado).


Publicado em: Turismo






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