Tese de Privatização do Pronto Atendimento de Torres é ventilada por vereador da oposição

Moisés Trisch alerta para possível sucateamento do sistema - que iniciaria na fragilidade da prevenção, passaria pelos Postos de Saúde e acabaria afunilando o PA

Critico das privatizações da CEEE e Corsan, parlamentar sugere que possa haver privatização do PA de Torres
23 de abril de 2024

Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres realizada na segunda-feira (15 de abril), o vereador Moisés Trisch (PT) – que é da oposição ao atual governo municipal –  utilizou seu espaço de tribuna para levantar hipóteses sobre o futuro do sistema de saúde público de Torres. Iniciando com críticas às privatizações das estatais gaúchas CEEE e Corsan, o parlamentar deu sua opinião usando raciocínio parecido para falar do sistema de Saúde de Torres.

Conforme o vereador, as falhas na Saúde estariam iniciando na falta de recursos humanos e materiais disponibilizados para o sistema de atendimento preventivo realizado pelos Agentes Municipais de Saúde – que conforme Moisés “não têm sequer computadores para acompanhar o trabalho e projetar o trabalho seguinte”. Para ele, esta falta de eficiência acaba causando maior procura da população às Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos bairros.

Moisés levanta então a fragilidade também das UBS. Para o parlamentar petista, fragilidade causada principalmente pela falta de médicos e equipe auxiliar que se mantenham trabalhando nos postos por bastante tempo – profissionais que, consequentemente, possam acompanhar o andamento no histórico da saúde dos moradores locais. A falta desta estabilidade dos servidores, na opinião do vereador, acaba gerando baixa qualidade nos atendimentos também nas UBSs, o que aumenta a ‘bola de neve’ que acaba entregando para a população atendimento falho em vários casos. Segundo Moisés, estas duas demandas represadas (mais investimento em preventivo e nos profissionais da UBS) levam o sistema a afunilar outras demandas, o que causa filas para busca de solução já no Pronto Atendimento 24h (PA 24h), onde os sintomas já são mais agudos aos pacientes.

O oposicionista fez uma lista de problemas no PA 24h que, para ele, são causados para ele pelo por falhas em etapas anteriores e pela falta de atenção à estrutura do PA – que em sua opinião se encontra precário, com déficit em recursos humanos e com instalações necessitando de reparos básicos: “O aumento de demanda no pronto atendimento tem causado esperas de até 5 horas na fila”, afirmou o vereador.  “O lugar está com falta de leitos, falta de manutenção e parece estar sendo sucateado. E esta situação pode ser um sinal para que haja a privatização do PA a seguir, privatização esta que pode ser feita até por este pessoal novo que assumiu o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (em Torres)”, destacou o vereador, encerrando esta teoria que apresentou na sessão da Câmara.


Publicado em: Política






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