O Geoparque abrange uma determinada área de paisagens geológicas de importância internacional. Essas áreas, em conjunto com bens naturais e culturais específicos da região, são valorizadas através de estratégias, onde a cultura patrimonial, o desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental são trabalhados junto a comunidade.
O projeto Geoparque Cânions do Sul teve início no ano de 2007 com base no modelo de geoparque visitado na europa pelo prefeito de Praia Grande/SC, na época, Dr. João. A ideia foi então, apresentada AMESC (Associação dos municípios de Extremo Sul Catarinense) em parceria com a Agência de Desenvolvimento Regional-ADR de Araranguá antiga SDR. Essas, passaram a se reunir com municípios e discutir a respeito da criação do geoparque na região.
No início, eram 19 municípios inseridos no projeto, 15 da região da AMESC e 4 do Rio Grande do Sul. Em 2014, os municípios se reuniram e decidiram reduzir o território de abrangência.Hoje, além de Torres, o projeto Geoparque Cânions do Sul abrange mais seis municípios da divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, totalizando 2.830km² :Em Santa Catarina são Praia grande,Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande e no Rio Grande do Sul os municípios são Torres, Mampituba e Cambará.
Consórcio Intermunicipal
No ano de 2017 foi formalizado o Consórcio Intermunicipal Caminhos dos Cânions do Sul – Gestor do Projeto Geoparque. Segundo Edineia Maria Pallú, Integrante da equipe técnica, o projeto é custeado por cada município envolvido. O valor arrecadado mensalmente é repassado para o consórcio que investe em ações como: capacitação de professores, guias e condutores de turismo, trade, estudos científicos da região, promoção do território, peças de comunicação entre outros.
É importante ressaltar que já houve investimento financeiro por parte do governo do estado de Santa Catarina em peças de comunicação e com contratação de consultoria para levantamento de estudos e inventários geológicos.Em Torres, quem está à frente do projeto é o prefeito Carlos Souza, junto às secretarias do Turismo, Cultura e Esporte, Educação e Meio Ambiente. Edineia reforça que “O fator decisivo para a cidade fazer parte do projeto se deu não só pelo município apresentar significativo patrimônio geológico, histórico e cultural, mas também pelo fato de o turismo estar ligado diretamente à economia da cidade”.
Para se tornar Geoparque Mundial da Unesco o projeto precisa seguir uma série de exigências processos e etapas. Alguns já estão em andamento conforme conta Edineia. Até dia 30 de novembro deste ano, é necessário que seja encaminhado um dossiê de candidatura bem estruturado à UNESCO, contendo todo material que comprove que a área é um Geoparque Mundial há, pelo menos, 1 ano.
Em 2020, a UNESCO virá a região para comprovar se as informações repassadas estão sendo executadas na prática e se o Geoparque está realmente em funcionamento.