Torres e o Litoral Norte mais uma vez na bandeira laranja do Distanciamento Controlado no RS

O mapa preliminar desta sexta-feira (11) traz sete regiões em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto para Covid-19). As outras 14 regiões estão em bandeira laranja (risco epidemiológico médio) - incluindo a Região Capão da Canoa (que engloba Torres e o Litoral Norte do RS

11 de setembro de 2020

Na semana em que o Estado completa seis meses desde a notificação do primeiro caso de coronavírus (em 10 de março), o modelo de Distanciamento Controlado chega à 19ª rodada. O mapa preliminar desta sexta-feira (11) traz sete regiões em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto para Covid-19). As outras 14 regiões estão em bandeira laranja (risco epidemiológico médio) – incluindo a Região Capão da Canoa (que engloba Torres e o Litoral Norte do RS).

A vigência das bandeiras da 19ª rodada começa à 0h de terça-feira (15/9) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (21/9) – mas como a região do Litoral Norte passou para uma bandeira menos restritiva, os novos protocolos – mais flexíveis que os da bandeira vermelha – já passam a valer a partir deste sábado (12).

Apesar de estar na bandeira laranja, a decisão municipal é de que, ao menos até o final de setembro, as aulas presenciais ainda não retornem em Torres.

 

Situação geral no RS

 

Se considerados os números em todo Rio Grande do Sul, houve queda em alguns indicadores, como hospitalizações (-7%) e internados em leitos clínicos (-14%). Ocorreu também estabilização no número de leitos livres. “Como houve um aumento dos pacientes internados por outros motivos, a razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 apresentou leve queda, mantendo-se abaixo de um leito livre para cada ocupado, o que exige cautela para não permitir novas acelerações no número de internações pela doença no Estado”, ressalta a comunicação do Governo do RS.

Além de Porto Alegre, Erechim e Palmeira das Missões – três regiões que já estavam em bandeira vermelha e se mantiveram nesta rodada –, os indicadores apontaram piora em outras quatro regiões. Santa Maria, Guaíba, Passo Fundo e Caxias do Sul completam as sete regiões classificadas em vermelho neste mapa preliminar.

 

Cogestão

 

Desde a 14ª rodada está vigente o modelo de cogestão, no qual as regiões Covid podem adotar protocolos menos restritivos à bandeira na qual estão classificados, mas no mínimo iguais à bandeira anterior. Para tanto, precisam elaborar planos estruturados próprios aprovados por no mínimo dois terços dos prefeitos e avalizados por uma equipe técnica.  A Região de Capão da Canoa (que engloba Torres e o litoral) já aderiu ao modelo de cogestão.

 

Ajustes em indicadores

 

A atual fase da pandemia, na qual a ocupação de leitos de UTI por Covid-19 indica um estágio de estabilização, permitiu, nesta semana, uma revisão de dois indicadores do Distanciamento Controlado que medem a capacidade de atendimento da rede hospitalar. Conforme o governo do RS, nas primeiras semanas do modelo de bandeiras, para que uma região alcançasse a classificação amarela, por exemplo, era preciso apresentar sempre um número maior de leitos de UTI livres do que na semana anterior (tanto na região quanto no Estado como um todo).

“No esforço para ampliar a capacidade instalada, o governo do Estado conseguiu dobrar o total de leitos de UTI disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, são 1.856 unidades habilitadas – no início da pandemia, eram 933 leitos. Diante da estabilidade de ocupação por Covid-19 nos últimos dias, se percebe agora um aumento de pacientes em UTI por outras razões (a ponto de reduzir o número de leitos livres), atendendo parte da demanda reprimida durante os meses anteriores. Ou seja, há possibilidade de haver redução de leitos livres de UTI mesmo que a pandemia se mostre estável”, explica o governo do RS.

No formato que vigorou até a 18ª semana do modelo, essa situação poderia representar aumento de regiões sob bandeira vermelha, mesmo sem uma maior ocupação de leitos e de hospitalizações por Covid-19. O ajuste específico nesses dois indicadores estabeleceu novos parâmetros de redução dos leitos de UTI livre para classificações de bandeira: amarela (até 10%), vermelha (até 17,5%), vermelha (até 25%) e preta (acima de 25%).

 

DESTAQUES DA 19ª RODADA

 

  • número de novos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de confirmados Covid-19 reduziu 7% entre as duas últimas semanas (de 1.067 para 997);

 

  • número de internados em UTI por SRAG ficou praticamente estável no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (de 910 para 917);

 

  • número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 14% entre as duas últimas quintas-feiras (de 935 para 803);

 

  • número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS ficou praticamente estável entre as duas últimas quintas-feiras (de 710 para 713);

 

  • número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS reduziu 3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 598 para 583);

 

  • número de casos ativos aumentou 3% entre as duas últimas semanas (de 9.799 para 10.066);

 

  • número de óbitos por Covid-19 aumentou 7% entre as duas últimas quintas-feiras (de 317 para 340).

 

As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (278), Caxias do Sul (117), Passo Fundo (92), Canoas (84) e Novo Hamburgo (52).

 

 

Comparação entre 13 de agosto e 10 de setembro

 

  • número de novos registros de hospitalizações confirmados Covid-19 reduziu 11% no período (de 1.126 para 997);

 

  • número de internados em UTI por SRAG reduziu 4% no Estado no período (de 958 para 917);

 

  • número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 17% no período (de 964 para 803);

 

  • número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS reduziu 1% no período (de 723 para 713);

 

  • número de casos ativos aumentou 135% no período (de 7.469 para 10.066);

 

  • número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS aumentou 3% no período (de 567 para 583);

 

  • número de óbitos por Covid-19 acumulados em sete dias reduziu 4% no período (de 353 para 340).

Publicado em: Geral






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