Mariana Campos, jornalista, e Caio Paganotti, fotógrafo e videomaker, estão desde janeiro de 2025 morando na kombi Manu e atravessando a BR 101 atrás de boas histórias, pois acreditam na comunicação como instrumento de transformação. Junto à cachorra Tuki, acabam de completar 6 meses atravessando o litoral do Rio Grande do Sul. As experiências estão sendo publicadas na websérie Expedição BR 101 Histórias, no YouTube. Também compartilham conteúdo no Instagram, Facebook e Tiktok.
O jornal A FOLHA Torres conversou com o casal – que passou por Torres, ficando em um camping – e organizou algumas perguntas, para sentir qual a impressão dos viajantes sobre nossa cidade e as pretensões da viagem. Confira
A FOLHA Torres – Qual o motivo da escolha do Litoral do Rio Grande do Sul no projeto?
Caio Paganotti: Nosso projeto tem o objetivo de contar 101 histórias pela BR-101, uma das maiores rodovias do país, e que passa pelo litoral do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. São 12 estados! Começamos pelo Rio Grande do Sul porque o ponto de partida da nossa viagem foi o litoral de São Paulo, então estava mais perto vir para o sul. O litoral gaúcho é lindo, com suas várias lagoas, mar e pessoas hospitaleiras.
A FOLHA Torres – Onde sua Kombi costuma ficar estacionada?
Caio Paganotti: Costumamos ficar em campings, postos de gasolina ou quintais de pessoas de quem ficamos amigos ao longo da viagem. Em Torres, estamos no Camping Cabanas Guarita.
A FOLHA Torres – Qual a característica de Torres em relação ao litoral restante (do Rio Grande do Sul) frente ao propósito do projeto que vocês estão realizando?
Mari Campos: Desde que começamos a Expedição BR 101 Histórias, passamos por cidades e vilas bem pacatas. Apenas a partir de Osório é que tivemos contato com cidades um pouco mais movimentadas. De todos os lugares pelos quais passamos no litoral gaúcho, Torres é a que oferece mais estrutura. Sem falar nas belezas naturais. Nos encantamos com as praias, parques e a Lagoa do Violão. É tudo muito lindo, um pedaço de natureza que precisa ser conservado.
A FOLHA Torres – Como vocês se mantêm financeiramente, para pagar os custos da viagem?
Mari Campos: Somos comunicadores profissionais (eu sou jornalista e o Caio é fotógrafo e videomaker) e oferecemos serviços de comunicação nos lugares pelos quais passamos. Também fazemos freelancer de forma remota. De forma geral, o custo na estrada tem sido bem menor do que costumávamos gastar antes de morar numa kombi.
A FOLHA Torres – Como as pessoas têm recebido vocês nas comunidades? Há preconceito?
Caio Paganotti: A gente tem conseguido reunir ótimas histórias aqui no Rio Grande do Sul para contar na nossa websérie do Youtube (Expedição BR 101 Histórias, no canal Se Nossa Kombi Falasse). Serão 10 histórias ao todo aqui no RS, sobre pessoas e lugares incríveis, além da nossa própria experiência morando na kombi. A história em Torres encerrará o ciclo no Rio Grande do Sul, será a 10a história.
Mari Campos: De forma geral, só temos a agradecer à população gaúcha pela receptividade e acolhimento nesses 6 meses em que estamos percorrendo o litoral do Rio Grande do Sul. É curioso, ganhamos presentes das pessoas em todos os lugares! Frutas, ervas, lembrancinhas, desenhos… A gente vai levando tudo de lembrança na kombi.
A FOLHA Torres – Qual o próximo passo do caminho que seguirão?
Mari Campos: Depois de Torres, a gente iniciará a Fase 2 da nossa viagem, seguindo para Santa Catarina. Começaremos então a buscar histórias no litoral catarinense.
Caio Paganotti: Sempre sem pressa. Com a kombi não dá pra correr, é devagar e sempre.
