Torres se destaca positivamente na estatística de empregos formais na região

Num total de 12 meses, até cidade turística de Gramado está com saldo menor, conforme Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

30 de julho de 2018

O emprego formal se manteve estável em junho no Brasil. Foram registradas no mês 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos. Isto representa uma variação de 0,00% em relação ao número total de vínculos empregatícios do Brasil registrados até maio. Com isso, o estoque de empregos do país ficou em 38.212.388. As informações estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho na semana passada nesta sexta-feira (20), que mostra também a movimentação do emprego formal neste ano.

O saldo nacional  de janeiro a junho de 2018 ficou positivo em +392.461 empregos. Se considerados os últimos 12 meses (julho de 2017 a junho de 2018), o resultado também é positivo: foram criados +280.093 postos formais.

 

Desempenho setorial no Brasil

As atividades que mais criaram vagas no Brasil foram as ligadas à Agropecuária, que teve saldo de +40.917 empregos, resultantes de 113.179 admissões e 72.262 desligamentos, uma expansão de 2,58%. O segundo melhor desempenho da economia no mês de junho foi o do setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, com saldo de +1.151 postos, resultado de 6.849 admissões e 5.698 desligamentos. As áreas que mais empregaram foram as de coleta, tratamento e disposição de resíduos não perigosos. Houve ainda geração de empregos na captação, tratamento e distribuição de água e na distribuição de energia elétrica.

O setor de Serviços ficou estável em junho, com saldo de +589 empregos formais, consequência de 480.517 admissões e 479.928 desligamentos. As demais áreas da economia tiveram desempenho negativo no mês.

O Comércio foi o setor com o pior resultado de junho, com retração de -0,23% em relação a maio. O saldo do mês ficou em -20.971 vagas, devido as 279.271 admissões e 300.242 desligamentos. Em seguida, veio a Indústria de Transformação, que admitiu 176.249 trabalhadores e desligou 196.719, apresentando um saldo de -20.470 vagas, uma queda de -0,28% em relação ao mês anterior.

 

No desempenho por região, RS está abaixo da média

Quatro das cinco regiões brasileiras tiveram crescimento no emprego formal em junho. No Centro-Oeste foram criadas +8.366 vagas; no Sudeste, +3.612; no Nordeste, +3.581; e no Norte, 930. Apenas na região Sul o saldo foi negativo, com o fechamento de -17.150 postos.

Dezesseis unidades federativas registraram variação positiva no emprego e onze, negativa. Os melhores resultados foram em Minas Gerais, onde foram abertas +12.143 vagas, Mato Grosso (+5.412), Maranhão (+2.807) e Goiás (+2.173). Os menores saldos foram no Paraná, com fechamento de -6.609 postos, Rio Grande do Sul (-6.521), São Paulo (-4.450) e Santa Catarina (-4.020).

Osório, outra cidade da região do Litoral Norte (mas que não tem perfil de turismo) teve em 12 meses 1,57% a favor de contratações. Mas Porto Alegre, que representa o comportamento de região metropolitana teve mais demissões que admissões nos últimos 12 meses, menos 2002 vagas, o que representa – 0,36%.

 

 Cidade de Torres fica com destaque positivo

Torres teve destaque na relação emprego/desemprego no período (julho de 2017 a junho de 2018). Quando analisado o quadro mensal (de junho de 2018) foram 279 admissões contra 275 demissões, o que gera uma pequena queda de apenas 0,07% que é admissível se for considerada a sazonalidade de temporadas de turismo na cidade (e a atual baixa temporada).  Nossa vizinha Capão da Canoa teve queda um pouco maior no mês: de 1,23%, mas trabalha com patamares bem maiores do que Torres em número de emprego formal, registrando 312 admissões e 430 desligamentos.

Fazendo comparativo com localidades com economias parecidas com Torres (Turismo), a cidade de Gramado, por exemplo, trabalhou com números bem maiores. No mês de junho foram 921 admissões com carteira assinada contra 789 demissões, o que gerou um saldo positivo de 132 vagas preenchidas a mais, mas que representa somente 0,79%, índice baixo para o início da ALTA temporada da cidade serrana gaúcha (que vê no inverno um de seus destaques).

Nos primeiros seis meses do ano de 2018, Torres e Capão da Canoa têm saldos negativos: Torres ficou com pouca queda se for observada a sazonalidade de temporadas: – 2,53 %. Já Capão da Canoa caiu bastante, foram -14,19 % de saldo entre emprego e desemprego nos seis primeiros meses.

No somatório dos últimos 12 meses o maior destaque é de Torres. A cidade usufrui de saldo positivo de contratações diante das demissões de 6,76%. Capão da Canoa também está ainda positivo, com 2,07% a mais de contratações do que demissões, índice similar ao de Gramado (2,06%).

 

Empregos informais não contam

Conforme informou para A FOLHA o secretário da pasta de Indústria e Comércio da prefeitura de Torres, Mateus Junges, a cidade possui, ainda, muitas atividades informais que acabam não aparecendo nos dados do CAGED. Como a localidade é turística, muitos empregos “informais” como vendedores ambulantes, artesões, serviços de limpeza, dentre outras não fazem parte desta estatística. Isto por um lado ‘esconde’ mais empregos realizados no veraneio, mas também esconde mais demissões após o veraneio. Estas atividades são similares em cidades de Turismo, como Capão da Canoa e Gramado, além de Torres.

As estatísticas organizadas pelo CAGED, no Ministério do Trabalho do Governo federal não oferece dados para todas as cidades. Só as que possuem mais de 30 mil habitantes.

Abaixo os números de Torres, Capão da Canoa, Gramado, Osório e Porto Alegre.


Publicado em: Economia






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